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por Frederico Carvalho

Temas em destaque

✅ Facebook trabalha num concorrente à ClubHouse;
✅ Negócio entre TikTok e Oracle em espera. Wallmart de olho;
✅ As receitas da Disney e o sucesso do Streaming;
✅ A moeda digital da China e o futuro das criptomoedas;
🚀 Breves no marketing & economia digital

Hoje demorei mais um pouco. Estive a dar formação de marketing, na parte da manhã aos profissionais do ramo automóvel da Litocar.

Aproveito para relembrar que para a semana arranca o meu Curso de Marketing Digital. 14 horas de formação + auditoria digital, etc | ver mais>
Será a última edição, neste formato, comigo ao-vivo. 

CONCORRÊNCIA

MARK zUCKERBERG marketing frederico

As pesquisas pela aplicação Clubhouse no Google cresceram exponencialmente na última semana: 3.250% nos últimos 90 dias.

A rede social foi criada em abril de 2020, por dois americanos, Paul Davidson e Rohan Seth (ex-Google) e chegou a 2021 com 600 mil utilizadores. Em 5 de fevereiro desde ano, tinha seis milhões de utilizadores. 

A Clubhouse é uma rede social baseada em áudio e disponível, até à data, apenas no sistema operativo da Apple, iOS. Pode usar a app para ouvir e participar em diferentes conversas sobre vários tópicos. Esta app distingue-se numa particularidade: não se escreve, nem se publicam imagens. Atenção: só se entra por convite. 

Conheça algumas curiosidades:

  1. A Clubhouse foi criada em 2020;
  2. A Clubhouse tem apenas nove funcionários (e estão a contratar);
  3. Tem cerca de 2 milhões de utilizadores ativos semanais;
  4. A Clubhouse tem um investimento de $ mil milhões (em janeiro de 2021). A Clubhouse é agora uma startup unicórnio, juntando-se às fileiras do Uber e AirBnb.
  5. A Clubhouse está atualmente em 5.º lugar na App Store na categoria Redes Sociais.

De acordo com o The New York Times, o Facebook está na fase inicial da construção de um rival para a rede social Clubhouse

(⭐ Pro ↓)

O Facebook ganhou reputação em copiar descaradamente os concorrentes ao longo dos anos. Zuckerberg e outros líderes seniores da empresa estiveram recentemente no Clubhouse, onde participaram em salas de conversação áudio sobre realidade virtual/realidade aumentada. É de destacar que o investidor do Clubhouse Marc Andreessen faz parte do conselho de administração do Facebook.

A Clubhouse angariou recentemente dinheiro com uma avaliação de cerca de mil milhões de dólares e está a trabalhar em funcionalidades pagas, como a «gorjeta», e uma aplicação Android. 

O Twitter também tem vindo lentamente a estender aos utilizadores a sua versão do Clubhouse chamada Spaces, que permite aos utilizadores alojar salas de áudio com os seus seguidores.

O Telegram já atualizou a sua app e já tem disponível a criação de salas de chat só com áudio.

Elon Musk fez um tweet esta semana, destacando que ia conversar com Kanye West no Clubhouse, a rede social em rápido crescimento e que tem atraído celebridades.

A história do Clubhouse

O Clubhouse programou perfeitamente o seu lançamento em abril de 2020 para coincidir com uma pandemia global que manteve todos nas suas casas e dependentes dos seus telefones para interação social.

Em maio, angariou 12 milhões de dólares da empresa de capital de risco/meios de comunicação Andreessen Horowitz, e angariou mais uma ronda no mês passado com uma avaliação de mil milhões de dólares. 

Qual é a sua dimensão?

Com o seu modelo exclusivo de convite, a Clubhouse sacrifica o crescimento viral pela imagem de «exclusividade».

clubhouse growth
fonte: backlinko



Será o Clubhouse uma moda pandémica ou irá eventualmente substituir toda a interação humana? 

Os defensores do Clubhouse dizem que o formato áudio permite conversas profundas e espontâneas, aguçando o conhecimento na troca de informações em salas. 

O Clubhouse tem enfrentado críticas em casa nos Estados Unidos pela falta de moderação eficaz e práticas de prevenção de abusos. A China, por sua vez, já bloqueou a app com medidas destinadas a reprimir a disseminação de informações que o governo considera inadequadas para discussão. 

A app, ao invés do pretendido, proporcionava um espaço não censurado para os residentes debaterem as ações do governo. 

A empresa ainda não descobriu o seu modelo de receitas mas está a trazer uma atenção especial ao mercado.

A «startup» chinesa chamada Agora, que até agora era conhecida apenas como uma empresa discreta de «software», foi quem desenvolveu o software/conceito e tem estado a ser publicitada nesta nova rede social. A empresa de Xangai disparou cerca de 150% na bolsa  desde meados de janeiro, passando agora a valer cerca de 10 mil milhões de dólares. (fonte: bloomberg)

Se o Clubhouse vai tornar-se popular (como o Instagram) ou se desvanece (como o Snapchat), resta ver. Mas agora o Clubhouse está a ultrapassar o TikTok como “a próxima grande rede social”.

Com a febre da Clubhouse, o multimilionário Mark Cuban está a investir num concorrente, chamado Fireside. De acordo com o Business Insider Cuban já confirmou o envolvimento, mas não partilhou muitos detalhes  «Tudo o que posso dizer é que estou envolvido e adoro o projeto», confirmou empresário norte-americano.

Um ano cheio de inovações.

POLÍTICA

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Negócio do TikTok com a Oracle em espera. Wallmart de olho.

O plano para vender as operações da TikTok nos EUA à Oracle e à Walmart permanece em espera enquanto a administração Biden faz a revisão do acordo engendrado durante os últimos meses da presidência de Donald Trump.

Trump encorajou a venda da app de partilha de vídeos de propriedade chinesa para resolver potenciais preocupações de segurança, e ameaçou proibir a aplicação nos EUA. Os desafios judiciais e a transição para uma nova administração deixaram o acordo suspenso, e a TikTok a operar no limbo nos EUA.

Uma venda a empresas americanas assumiria provavelmente uma forma diferente da planeada no Outono passado, informou o Wall Street Journal. Qualquer acordo teria que mereceber a aprovação do proprietário da TikTok, a ByteDance. 

STREAMING

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As receitas da Disney e a explosão do streaming

A Disney divulgou os resultados do último trimestre do ano na quinta-feira, revelando que as suas receitas caíram 22% e o rendimento líquido desceu de 2,12 mil milhões para 29 milhões de dólares, na sequência do contínuo estrangulamento do negócio de parques temáticos da Disney, devido à pandemia. 

Apesar disso, as ações da Disney na bolsa, aumentaram 120% desde o pior dos lockdowns de Março passado. O grande impulso foi a explosão do streaming. A Disney anunciou ao mesmo tempo, ter agora 95 milhões de assinantes globais (a pagar) a Disney+, o que significa que ganhou 8 milhões em apenas um mês. 

(⭐ Pro ↓)

O crescimento dos assinantes está a melhorar o quadro financeiro do streaming: as receitas aumentaram 73% no trimestre, e o seu prejuízo caiu de 1,1 mil milhões de dólares para 466 milhões de dólares.

Curiosamente, a receita média por utilizador dos assinantes da Disney+ desceu de 5,56 dólares no trimestre anterior para 4,03 dólares.
Muitos dos novos assinantes da Disney+ vêm do seu produto Hotstar na Índia, que é muito mais barato. 

Quando a Disney+ aumentar os seus preços em 2021, previsivelmente em 1 dólar, vai ajudar a travar esse decréscimo. A Disney reiterou a sua projeção de que o negócio da Disney+ será rentável em 2024.

O segmento dos parques temáticos continua a ser um buraco para a Disney; a empresa perdeu 119 milhões de dólares durante o último trimestre do ano, perante um lucro anterior de 2,5 mil milhões de dólares. O CEO Bob Chapek tem esperança de que o quotidiano possa voltar ao normal até 2022.

1. Netflix, Disney+ e a guerra do streaming

CRIPTOMOEDAS

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Moeda digital da China e o futuro das criptomoedas

A China anunciou o desenvolvimento da sua moeda digital, o Digital Currency Electronic Payment (DCEP). O objetivo do DCEP é aumentar o alcance internacional do renminbi (a moeda oficial da República Popular da China distribuída pelo Banco Popular da China) e substituir o dólar nos EUA como a moeda global. 

Esta estratégia anda de mãos dadas, com o mandato do presidente Xi Jingping de que «o desenvolvimento da tecnologia de blockchain no país deve ser acelerado».

O ocidente está atrasado, mas ontem, o banco mais antigo dos EUA, BNY Mellon, disse que iria deter, transferir e emitir criptomoedas para os seus clientes de gestão de ativos. Wall Street costumava ser cauteloso em relação à criptografia devido à sua volatilidade e estatuto legal, mas os banqueiros estão a receber muitos textos com emojis 🚀 de clientes institucionais agora que a bitcoin e outras criptomoedas digitais disparam.

(⭐ Pro ↓)

A Mastercard também declarou, ontem, que irá suportar algumas criptomoedas, incluindo a bitcoin, na sua rede no final deste ano, seguindo a Square e a PayPal. 

Para não ser ultrapassado pelo sector financeiro, Twitter, GM, e Uber também sinalizaram abertura para receber moedas criptográficas. As três empresas afirmaram esta semana que, embora não seguissem a Elon Musk, na via do investimento, estavam abertos a aceitar criptos como pagamento de vendedores e clientes. 

O controlo da infraestrutura associada às criptomoedas aumentará a visibilidade dos fluxos comerciais da China muito além das suas fronteiras, bem como uma ferramenta sem precedentes para monitorizar as atividades das pessoas, onde quer que estejam.

Os entusiastas de tecnologia e finanças referem muitas vezes os méritos da moeda digital: autosoberania, liberdade financeira e assim por diante. 

A tecnologia blockchain também pode ser usada para o extremo oposto. Cada transação pode ser armazenada num «livro razão» publicamente visível – pense nisso como um banco de dados, que o governo chinês pode usar para construir aplicações para monitorizar os seus cidadãos (e, ainda mais preocupante, cidadãos globais).

Pense na sua rotina no dia-a-dia: a maioria dos pagamentos já é digital.
Na China, a maioria das transações não envolve dinheiro físico. Requer muito pouca imaginação para ver como a China poderia trocar do renminbi para o DCEP

A infraestrutura é diferente – o DCEP usa uma infraestrutura distribuída baseada em blockchain. Tecnicamente, uma mudança é muito viável. O banco central atuará como emissor e credor, e os parceiros bancários serão os mesmos. O governo pode acelerar a transição, exigindo que os cidadãos chineses paguem quaisquer impostos no DCEP. É provável que o consumidor final nem saiba a diferença.

O artigo da CNN ajuda a compreender o que está a ser desenvolvido e como pode impactar o nosso futuro.
O jogo está a começar.

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Hoje

1809 – Nasce, em Shrewsbury (Inglaterra), Charles Robert Darwin, naturalista britânico que concebeu a teoria da evolução.

2001 – É divulgada uma sequência de 95% do genoma humano, por grupos de investigação de Washington, Paris, Londres, Berlim e Tóquio.

2004 – Cientistas sul-coreanos, da Universidade de Seul, apresentam os estudos que os levaram à obtenção, por clonagem, de células estaminais de um embrião humano.

2021 – Pressão alta nos hospitais deixa António Costa na dúvida sobre início do desconfinamento. Não há Páscoa.
 

Breves

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A Microsoft tentou comprar a Pinterest nos últimos meses, de acordo com o Financial Times(FT). O negócio custaria 60 mil milhões de dólares ao preço atual das ações da Pinterest.

A abordagem do gigante do software reflete uma estratégia de construção de uma carteira de comunidades online para correr na plataforma cloud da Microsoft, escreveu o FT. No ano passado, a Microsoft tinha feito uma oferta infrutífera para comprar a TikTok quando a popular aplicação ByteDance, a empresa-mãe chinesa da aplicação, estava sob pressão da administração Trump para o desinvestir. A Microsoft acabou por perder para a Oracle, que concordou em comprar uma participação minoritária, embora esse acordo esteja em suspenso.

📌
A perda líquida da Uber diminuiu 20% no ano passado. O seu crescente negócio de entregas continua a prosperar.

📌 
O Instagram vai limitar o alcance das repostagens feitas através da app TikTok.

Instagram aconselha claramente a evitar a publicação de conteúdos reciclados de outras rede e atualizou o seu algoritmo para baixar o alcance de vídeos, entre outros.
 

📌 
Não ignore o Twitter contra a Índia: por razões de liberdade de expressão, o Twitter recusa as exigências do governo indiano de bloquear algumas contas de jornalistas, ativistas e políticos, escreveu o BuzzFeed News. Este pode ser o maior confronto até ao momento entre uma empresa de comunicação e um governo democraticamente eleito.

📌
O Twitter confirma que a proibição de Trump de usar a rede social, é permanente, mesmo que concorra novamente em 2024

📌 
A Shopify está a tornar-se social: pela primeira vez, a Shopify traz a sua opção Shop Payout – utilizada por mais de 40M de compradores.

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Para quem tem interesse no tema dos Chatbots, o Jornal de Negócio (em papel) traz um artigo chamado «a invasão dos chatbots».

📌
A Pinterest vai realizar a sua primeira cimeira mundial de anunciantes, no próximo mês.

📌
A TikTok é Patrocinador Oficial do Euro 2020.
Depois de fechar o acordo de licenciamento com a Warner Music Group e Sony Music, a TikTok arrebantou agora um acordo com a Universal Music

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Off-topic: a pandemia arrasa relações dos portugueses, revela estudo. Aconselhamento matrimonial aumentou 286% e 26% pensou em divorciar-se.

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Os CTT entregaram na peak season mais de 3,5 milhões de encomendas.

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O Pingo Doce lança nova loja online de medicamentos não sujeitos a receita médica.

📌 
Ontem, a aplicação de namoro nº 2 da América tornou-se «pública», ganhando 63% no primeiro dia na bolsa americana, para fechar com uma avaliação de mais de 8 mil milhões de dólares. A fundadora e CEO, Whitney Wolfe Herd, criou-a para combater o assédio sexual desenfreado em plataformas de encontros.  Wolfe Herd anteriormente cofundou a Tinder, mas saiu depois de processar a empresa por…assédio sexual e discriminação. 

Dos cerca de 560 IPOs dos últimos 12 meses, a Bumble é o terceiro com uma fundadora feminina; apenas oito IPOs do ano passado tinham uma mulher CEO. Mais de 70% do conselho de administração da Bumble são mulheres, uma raridade na América empresarial.