Há ou não implicações tecnológicas de uma possível posição dominante das diferentes plataformas e respectiva atuação no mercado?

➡️ E-commerce de bens de consumo para a Amazon;
➡️ Apps no sistema operativo iOS e dispositivos de marca própria Apple;
➡️ Publicidade direcionada nas redes sociais para o Facebook, Instagram…;
➡️ Motores de pesquisa, apps próprias no sistema operativo Android.

GAFA é o acrónimo de “Google Amazon, Facebook, Apple”, e têm em conjunto uma capitalização de mercado de 5,78 trilhões de dólares, (o equivalente a um quarto da capitalização do índice S&P 500) e estão em investigação pelo Comitê de Assuntos Judiciais da Câmara dos Representantes (EUA)

💸 Considerando que estas empresas tornaram-se monopólios digitais autênticos, será que chegaram a uma participação tão relevante, em mercados emergentes, por abuso ou uma vantagem injusta que impede outras empresas de atuar?

⚖️ A ideia do comité é avaliar as respectivas posições dominantes competitivas e quando apropriado mitigar eventuais discrepâncias de mercado.

Os líderes das quatro empresas manifestam três aspectos da sua atividade:

👉 A contribuição para a prosperidade do toda a população dos EUA e Mundial;
👉 O caráter distintamente americano de cada uma das empresas, com criação de empregos;
👉 É nos EUA, onde pagam mais impostos e onde reside a sua propriedade intelectual;

As GAFA, emprega todas as suas artes e capacidades para melhorar continuamente os seus resultados e enriquecer os seus acionistas, que em si não é questionável.

Fazem-no num espaço aberto e “não discriminatório”, a Internet, que admite diferentes fórmulas de relacionamento e sujeito ao consentimento regulamentado e expresso de quem participar.

A combinação certa de talento e dinheiro permitiu que esses grupos alcançassem a posição de mercado que ocupam atualmente.

📈 Os resultados das GAFA para o 1º semestre de 2020, num ambiente terrivelmente castigado pela pandemia, têm-se destacado pelo
crescimento impressionante na receita.

Previsivelmente, nada acontecerá ao nível da justiça, até às eleições presidenciais nos EUA.

Estão na mira, especialmente pelo armazenamento de informações na Internet.

A maior loja do Mundo e o crescimento de verticais

👙 Lingerie de luxo de um lado, roupa íntima AmazonBasics do outro. 🧦

A Amazon.com construiu a sua marca com vasta gama de produtos a preços baixos, a própria antítese da exclusividade quando pensamos em bens de luxo.

Em setembro, a Women’s Wear Daily, partilhava que a Amazon ia lançar uma plataforma de luxo que poderia incluir centenas de marcas.

💎 Existe um grande valor de longo prazo, na criação do luxo.

Para atrair marcas de luxo, a Amazon pode ter que ceder o controle sobre os preços e o stock, assim como o negócio fez o Tmall.com do Alibaba Group Holding. (veja também o meu artigo: Da Amazon ao Telegram – a realidade do e-commerce)

👕 As marcas resistem à Amazon porque querem manter imagens de marca distintas, não gostam de produtos colocados ao lado de substitutos mais baratos e estão preocupados com imitações.

Se a Amazon conseguir realizar o lançamento com sucesso, as estimativas indicam que pode controlar 40% do comércio electrónico do luxo na próxima década, o que podia significar $ 120 mil miçhçes em valor bruto de mercadoria.

📈 As acções da Amazon, neste dia 7 de Outubro estavam a falar US $ 3 195,69.

A Amazon tem um histórico de conquista em novas áreas do retalho (br: varejo)

Nem todos os empreendimentos foram um sucesso, mas os seus recursos e alcance são formidáveis.

Muitas marcas estão interessadas ​​em cortejar os 100 milhões de clientes Prime da Amazon, especialmente num momento em que a pandemia sufocou o movimento necessário para sustentar muitas lojas de luxo.

✂️ Como as marcas de luxo resistem a cortes de preços, esta jogada da Amazon pode ser interessante considerando as suas vantagens no envio rápido e a conveniência de comprar na mesma plataforma tanto para alto padrão quanto para bolas de algodão.

Link da nova Amazon Luxo: amazon.com/lux/exclusive-access

Depois do Luxo, agora o canal farmácia: Amazon

A Amazon anunciou que vai passar a vender online medicamentos sujeitos a receita médica. Os efeitos já se sentem na bolsa, com as ações de grandes farmácias físicas a registarem fortes quebras.

Amazon Pharmacy é o nome da nova farmácia digital que agora permite aos norte-americanos comprar medicamentos sujeitos a receita médica e recebê-los em casa gratuitamente, caso subscrevam o serviço Premium da plataforma.

A recém-lançada Amazon Pharmacy está a oferecer descontos de 80 por cento em medicamentos genéricos e 40 por cento em fármacos de marca.

Os efeitos na bolsa foram quase instantâneos. Grandes cadeias de farmácias, como a CVS Pharmacy, a Walgreen ou a Rite Aid registaram perdas de entre sete a 14 por cento, enquanto a Amazon conseguiu uma subida significativa.

O negócio das farmácias move anualmente cerca de 300 mil milhões de dólares (o equivalente a cerca de 253 mil milhões de euros) nos Estados Unidos.

A Amazon Pharmacy é uma extensão da farmácia online PillPack, que há dois anos a Amazon comprou por 750 milhões de dólares. Já na altura as cadeias de farmácias físicas sofreram algum impacto. Atualmente, a PillPack possui licenças de farmácia em todos os 50 Estados norte-americanos.

No novo serviço da empresa de Jeff Bezos, os utilizadores podem criar um perfil seguro através do qual recebem as receitas prescritas por médicos, passando depois a introduzir os dados do seu seguro de saúde, caso queiram utilizá-lo, e a comprar os medicamentos que desejam receber em casa.

A Amazon Pharmacy tem, no entanto, levantado algumas dúvidas quanto à privacidade das informações de saúde dos clientes. A empresa já garantiu que o principal objetivo do novo serviço é “colocar os clientes em primeiro lugar”, pelo que não têm razão para preocupações.

O mais rico do mundo: Jeff Bezos – Amazon

Sem surpresa, Jeff Bezos é o mais rico dos EUA — e do mundo.

Desde o primeiro aumento de capital em 1994 que a Amazon descolou.

O fundador Bezos, pediu a 22 amigos e familiares para colocarem $50.000 cada um, até angariar $1,1 milhão, dando à Amazon uma avaliação de $6 milhões.

📚 A empresa começou como um mercado online de livros.

💰 Hoje a Amazon vale US$ 1,65 triliões.

Bezos multiplicou o valor da Amazon em 275.000 vezes desde o primeiro investimento.

🚩 Bezos é certamente o criador de riqueza com mais destaque, do mundo moderno.

A Amazon é hoje uma uma empresa multinacional de tecnologia norte-americana em áreas de negócio como o e-commerce, soluções em cloud, streaming e inteligência artificial.

Foi referida como “uma das forças económicas e culturais mais influentes do mundo” e uma das marcas mais valiosa do mundo.

A Amazon destaca-se por ser a maior empresa de Internet em receita no mundo, e o segundo maior empregador privado dos Estados Unidos.

😡 Mas a Amazon também recebeu críticas de várias fontes, onde a ética de certas práticas e políticas de negócios foram questionadas.

. Inúmeras acusações de comportamento anticompetitivo ou monopolista;
. Guerra de preços cruéis;
. Evasão de divisas e obsolescência programada;
. Remoção de produtos dos concorrentes;
. Oposição aos sindicatos;
. Condições de trabalho;
. Efeitos em pequenas empresas;

O livro mais famoso sobre o crescimento da Amazon chama-se «A Maior Loja do Mundo» de Brad Stone. É de fácil leitura e elucidativo.

Uma outra recomendação recente, é o “Invent & Wander – The Collected Writings of Jeff Bezos” com prefácio do reputado escritor Walter Isaacson.\
Reune cartas, discursos, entrevistas e insights do seu trabalho e evolução.

A Ciência e o Marketing: as inovações de Elon Musk

O cérebro é capaz de processar aproximadamente 11 milhões de bits de informação a cada segundo, mas a nossa mente consciente pode lidar apenas 40 a 50 deles.

A mente consciente pode ser comparada a um processador de palavras.

Freud cunhou os conceitos, dos limites da mente consciente e inconsciente, no século XIX, e vários psicanalistas e neurocientistas têm estudado o tópico.

🔌 O novo impulso à inovação no tema ganhou protagonismo: Ligar o cérebro humano a computadores.

Elon Musk quer ligar o cérebro humano a computadores e dispositivos eletrónicos. Através de um implante neural, que está a ser testado em porcos. O milionário pretende revolucionar o combate à demência e a outras doenças neurológicas.

A Neuralink nasceu em 2016 como uma empresa de investigação médica na Califórnia e já angariou mais de 150 milhões de investidores, e pretende no futuro oferecer melhorias nas interfaces cérebro–computador implantáveis.

🚗 Mas Musk, também pretende que o implante cerebral sirva para ouvir música e chamar um Tesla.

🧠 Guardar memórias e voltar a revê-las será uma das possibilidades disponibilizadas pelo Neuralink.

🙊 Em outubro de 2019, a Neuralink conseguiu pôr um macaco a controlar um computador com o seu cérebro. No mesmo ano, a Neuralink avançou que estava a testar cerca de 1.500 elétrodos em ratos.

Numa era de alterações históricas dos sistemas sociais, o marketing já não se limita apenas a uma função empresarial.
De facto, o marketing invadiu todo o espaço social.

E a Ciência e o Marketing, são mais do que nunca, grandes aliados.

Num mercado de consumidores informados e exigentes, razões não faltam para legitimar o marketing como um conhecimento científico aplicado na economia.

O estudo do cérebro foi destaque no programa Fronteiras XXI da RTP e Jornal Expresso de 26 de Setembro 2020, tem uma entrevista interessante a António Damásio pela Clara Ferreira Alves.

Biohacking parece assunto de ficção científica, mas é realidade.
Unir biologia e ética hacker.

Haverá limites?

O poder da influência das GAFA: dos impostos ao emprego

Os ganhos das 108 pessoas mais ricas da Europa aumentaram 15,7% desde novembro de 2019, segundo o índice Bloomberg dos 500 bilionários mais ricos.

Isso representa um aumento de aproximadamente 200 mil milhões, o dobro do plano de recuperação francês.

Este número faz temer um cenário de recuperação em forma de “K”, marcado por fortes divergências e novas crises sociais na Europa.

Muitos economistas defendem a rápida implementação de um imposto às GAFA (Google, Apple, Facebook, Amazon).

Os congressistas procuram sintetizar anos de frustração face às empresas que dominam a internet mundial.

Sundar Pichai, da Alphabet, a ‘holding’ da Google, Tim Cook, da Apple, Mark Zuckerberg, da Facebook, e Jeff Bezos, da Amazon, têm sido ouvidos em videoconferência pela Comissão da Justiça da Câmara dos Representantes, em Washington, que investiga há vários anos eventuais abusos de posição dominante.

“As provas mostram claramente que a Google tornou-se no portal de acesso à internet e abusa do seu poder (…), garantindo, virtualmente, que toda a empresa que quer ser encontrada na internet deve pagar uma taxa à Google”, concluiu Cicilline, depois de uma série de questões a Sundar Pichai.

Por seu lado, o presidente da comissão parlamentar, Jerry Nadler, criticou Zuckerberg no terreno das aquisições, que “infringem as leis anticoncentração”.

Para exemplificar, disse: “A Facebook via a Instagram como uma ameaça (…), portanto (…) comprou-a”. Na réplica, Zuckerberg procurou argumentar que o sucesso da aplicação não estava garantido na época da sua aquisição.

Google e Facebook representam a quase totalidade das receitas publicitárias obtidas com o uso da internet, graças aos dados pessoais dos seus milhares de milhões de utilizadores.

Já a Apple e a Amazon são acusadas de serem juízes em causa própria nas suas plataformas, a loja de aplicações no caso da primeira, o sítio de comércio eletrónico no da segunda.

A Europa continua a ser a região mais igualitária do mundo, mas a crise atual pode ampliar as diferenças de rendimentos e de poder.
Ver estudo da World Inequality Lab, que pedem que se ponha fim à “corrida mortal” por impostos cada vez mais baixos para as multinacionais.