“Education is the most powerful weapon which you can use to change the world.” Nelson Mandela.

A indústria do ensino, teve especial atenção, com as estatísticas de E-Learning em 2020 num crescimento massivo.

No entanto, educadores em todo o mundo ainda reconhecem alguns problemas importantes na área do ensino digital:

✦ O feedback dos alunos online é limitado;
✦ e-Learning pode causar isolamento social;
✦ O e-Learning requer uma forte auto-motivação e uma boa gestão de tempo;
✦ Limitação nas capacidades de comunicação quando os alunos estão online;
✦ A avaliação é mais difícil de controlar, durante exames ou testes online;
✦ Os instrutores online tendem a concentrar-se na teoria ao invés da prática;
✦ O e-Learning é limitado em certas disciplinas;
✦ O aprendizagem online é inacessível para a população com fraca literacia em informática;

Também há vantagens…

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Privacidade e o ensino à distância

Como é que o ensino remoto, a aprendizagem à distância afecta a privacidade (principalmente nos mais jovens)?

🕸️ Quais as etapas que pais, alunos e os professores podem desenvolver num ambiente online que pareça um espaço seguro?

O assunto é especialmente importante por 3 breves motivos, todos eles recentes:

1️⃣ O YouTube tem em mãos um processo por supostamente violar os direitos de privacidade e dados de milhões de crianças britânicas, nomeadamente menores de 13 anos, sem o consentimento ou dos pais, e depois vendeu essa informação a empresas de publicidade em violação das leis do Reino Unido e da UE.

2️⃣ Associações e ativistas nos EUA acusam TikTok de violar a lei de privacidade online das crianças.
De acordo com a queixa, o grupo alega que a empresa está a violar a Lei Federal de Proteção à Privacidade Online para Crianças (COPPA). Em fevereiro de 2019, a TikTok teve de pagar 5,7 milhões de dólares à Federal Trade Comission depois de ter sido acusada de violar as regras da COPPA.

3️⃣ CNPD avisa que o ensino a distância traz riscos de privacidade de alunos e professores. A Comissão Nacional de Proteção de Dados publicou um documento onde identifica 8 riscos e faz 12 recomendações relativas ao ensino a distância, avisando para cuidados com a privacidade, a segurança e a possibilidade de videovigilância.

Todos têm uma compreensão geral do que é privacidade: a intrusão na sua vida privada.

Mas nem todos têm em consideração os mesmos tópicos relativamente à intrusão ou à definição de privacidade das pessoas.

⁍ Como é que a escola está a distribuir tablets e portáteis?
⁍ Há materiais/dispositivos suficientes?
⁍ Como é que vão ter acesso aos materiais de aprendizagem?
⁍ A plataforma de vídeo é segura?
⁍ Se os alunos recusarem abrir o vídeo e ficaram só com o chat ativado é possível?
⁍ Os alunos foram instruídos que podem ativar um fundo digital (caso a plataforma de vídeo o permita?)
⁍ A plataforma oferece salvaguardas de privacidade para as crianças…como?

Os professores precisam de ter um papel pro-ativo na construção de um espaço seguro para os alunos.

Desde 2016, nos EUA houve mais de 900 incidentes relacionados à segurança cibernética.

Como reforçar os apoios a quem quer continuar a estudar?

Quando a RTP Memória começou a emitir aulas todos os dias para os alunos do ensino básico, a 20 de abril, a ideia era que esta espécie de nova telescola funcionasse como um “recurso complementar de apoio ao ensino”.

De acordo com os resultados publicados no relatório agora disponibilizado pelo Ministério da Educação, no início do 3º período, entre 21% e 24% das escolas disseram ter alunos a aprender apenas na 📺 televisão.
A falta de recursos de muitas famílias foi evidente.

😔 Outro dado que ficou evidente da pandemia e da suspensão das aulas presenciais, foi que os alunos em situação mais frágil, acabaram ainda mais prejudicados.

🕒 Na maioria das escolas secundárias (65%) houve uma redução da carga letiva de todas ou algumas disciplinas sujeitas a exame nacional.

Esta nova geração de estudantes prejudicada pela pandemia terá:

✅ As propinas do Ensino Superior em Portugal desceram fixando-se agora nos 697 euros.

✅ O Ministério do Ensino Superior subiu o valor das bolsas de estudo: no mínimo, cada aluno carenciado passará a receber 871 euros por ano.

Outra reflexão a ser feita é sobre as condições de vida dos estudantes:

Segundo o último relatório do Eurofund, um universitário português que não vive em casa dos pais tem, em média, despesas mensais na ordem dos 557 euros.

⚠️ As universidades britânicas, estão já a prever taxas de abandono recorde durante este ano letivo.

A discussão do futuro terá de ser, como reforçar os apoios a estudantes que querem continuar a estudar.

Não é só apoio monetário, mas na concentração, gestão do tempo e falta de apoio, considerados os principais obstáculos que os estudantes enfrentaram no ensino à distância, segundo um estudo da Universidade do Minho.

Iniciativas como as bolsas de estudo reembolsáveis do líder da Farfetch, são meritórias, mas o Estado precisa de avaliar a pressão social para entrar na Faculdade em alternativa às escolas e cursos técnicos onde eventualmente as pessoas podiam sentir-se mais realizadas numa carreira promissora.

O ensino superior e o abandono escolar

Há um contentamento generalizado pelo aumento de alunos no ensino superior em Portugal.

A tutela prevê um total de 95 mil novos estudantes nas instituições públicas e privadas.

🏫 A Católica-Lisbon, teve um aumento de mais de 60% nas suas candidaturas, para o seu valor mais alto de sempre.

A previsão de que a subida das notas nos Exames Nacionais iria refletir-se no aumento das médias da 1º fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior confirmou-se.

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😔 A minha reflexão, é sobre o abandono do ensino superior.
Um aluno que não entra numa das suas primeiras opções, vai estar menos motivado, mas também mais propenso a abandonar os estudos.

Os estudantes entram em cursos que não querem e as instituições acabam com alunos que não desejam.

👨‍🏫 O ensino superior é um exemplo de capitalismo de partes interessadas, que atende a interesses sobrepostos e às vezes conflitantes.

O que há de diferente nesta crise é que pela primeira vez, a inércia da falta de investimento no ensino, vai ter consequências, já que os pais acompanharam de perto os filhos em casa e reconhecem a pouca substância que existe em tantas aulas.

✦ Em Portugal quase 30% dos estudantes abandonam o ensino superior;
✦ A taxa de abandono de uma licenciatura é de 29%, segundo um estudo da Direcção-Geral de Estatística da Educação e Ciência;
✦ Mais de metade dos alunos que entram com média de 10 valores não acaba a licenciatura;
✦ Só 46% termina nos três anos previstos;
✦ É nas universidades públicas que mais alunos completam uma licenciatura em três anos (47%);

🇧🇷 No Brasil, os dados de 2019 estimam que 35% dos estudantes abandone o ensino superior.

Houve uma evolução da universidade portuguesa nas últimas décadas, quer pelo incremento do número de estudantes, diversidade da oferta formativa, expansão no território nacional e afirmação internacional.

✍️ Publicações científicas com reconhecimento, posições relevantes nos rankings internacionais exigentes e procura por um número cada vez maior de estudantes estrangeiros.

Portugal estabeleceu uma meta junto dos parceiros europeus: ter 40% da população entre os 30 e os 34 anos com formação superior até 2020.

A educação e a diferença salarial entre géneros

O relatório “Remote Learning Reachability”, publicado recentemente pela UNICEF, partilhou a preocupação sobre as crianças de famílias economicamente desfavorecidas que lutam para ter acesso ao ensino remoto.

Destaques:
🌍 Globalmente, 3 em cada 4 alunos não têm oportunidade de aprendizagem remota (destaque para as áreas rurais e / ou famílias pobres);

🇮🇳 Os dados disponíveis indicam que cerca de um quarto das famílias (24%) na Índia têm acesso à Internet e há uma grande divisão rural-urbana e de género.

💻 A UNICEF exorta os governos a tornar a educação mais acessível e a impulsionar a aprendizagem à distância.

🌐 Qual o impacto da pandemia em estudantes do género feminino?
Os problemas começam a aparecer: em Mallapuram, Kerala, uma menina Dalit de 14 anos morreu por suicídio devido à impossibilidade de assistir às aulas online em junho.

👩 Na área do ensino, de acordo com a UNICEF, os alunos, e especialmente as meninas, não têm acesso fácil a smartphones e, mesmo que tenham, a ligação à internet é má.

Uma pesquisa da DASRA estima que apenas 18% das mulheres solteiras entre 15 e 21 anos têm um telefone móvel, em comparação com 64% dos homens.

Na Índia é onde existem mais discrepâncias, com estruturas familiares altamente patriarcais. E isso reflete-se no acesso aos recursos.

🦠 Tem havido uma tendência de aumento do abandono escolar após desastres e crises.

A lacuna de género na educação online é uma questão que expõe como o sistema educacional está significativamente mal preparado.

Estima-se que 20% das raparigas indianas não vão voltar à escola após a pandemia – a maioria sendo casada.

A complementar o tema, um recente estudo da ONU, do dia 24 de setembro, apresentou o 🇧🇷 Brasil como um dos países com pior pontuação nos direitos das mulheres, pelas condições de desigualdade, falta de participação em esferas de poder e cargos públicos e inexistência de estruturas voltadas para a igualdade de género.

p.s – A diferença salarial entre géneros na União Europeia é de 14,8%

Há um longo caminho para acabar com todas as formas de discriminação, em toda parte. Aumentar o uso de tecnologias de informação e comunicação pode ser um passo.

Os empregos do futuro aos olhos do LinkedIn

Existe a suposição de que os funcionários de hoje, especialmente a geração Y, também chamada “Millennials”, geração da internet (nascidos após o início da década de 1980) salta de emprego em emprego.

Mais especificamente, que deixam ou mudam de emprego com mais frequência do que as gerações anteriores e que normalmente estão sempre atentos a si mesmos e ao próximo passo na carreira, em vez de permanecer leais a uma empresa.

🛑 Errado.
Incorreto estatisticamente.

Os funcionários de hoje, em média, ficam mais tempo na empresa do que há 25 anos.

Em 1983, a permanência média dos funcionários era de cerca de 3,5 anos.

⌛ A média de permanência dos funcionários hoje é de 5,1 anos .

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A reputação nos empregos do futuro

Se a reputação e a confiabilidade são importantes nos processos de recrutamento, nem sempre a pegada digital – e a reputação virtual – é clara para os candidatos.

Os formatos de seleção e recrutamento mudaram e a transformação digital está aí.
🖥️ Currículo enviado apenas por e-mail, apresentações em vídeo, testes virtuais de aptidão no inglês (e não só), entrevistas através de plataformas online.

Tudo isto faz parte da nova realidade.

Leia também Personalização no marketing: enquadramento para o digital

O recente estudo Tendências do Trabalho 2019, da Adecco Itália, revela que os recrutadores gastam 45,1% do tempo na pesquisa online de potenciais candidatos e usam as redes sociais como forma de medir a sua fiabilidade.

👨 Contudo, candidatos e recrutadores têm perspectivas dissonantes:

55% dos candidatos acreditam que a imagem das redes não corresponde ao seu perfil, ao passo que os recrutadores consideram o perfil social um reflexo mais verdadeiro do que um currículo.

💁 Ao Expresso, Carolina Santos, business partner do Adecco Group, confirma esta tendência. “Em perfis mais especializados, a rede social que usamos é exclusivamente o LinkedIn, que acaba por ter mais importância do que o currículo.”

Para postos de trabalho temporário, recorremos muitas vezes ao Facebook e, para funções específicas, o perfil do candidato também é analisado”, assume.

As vantagens são múltiplas: “Permite ver as experiências, as conexões em comum, os estágios que fez, as faculdades que frequentou.”

“As pessoas têm de ter a noção de que tudo o que é feito e publicado nas redes sociais tem repercussões na vida laboral”.

⬆️ O número de iniciativas de recrutamento online tem aumentado.

Plataformas como o LinkedIn, CareerBuilder, SEEK, 51job, StepStone, Glassdoor, Sapo Emprego, Expresso Emprego, NetEmpregos, SimplyHired, entre outros, são familiares para muita gente.

A pandemia mudou diversos cenários da vida em sociedade, entre eles, a forma de se procurar emprego e recrutar.

🏥 A CUF realizou há poucos dias um evento num formato digital de recrutamento, denominado “Open Day Virtual do Hospital CUF Tejo”

📞 A Talkdesk lançou a 1.ª edição remota do Tech Dojo para recrutar 50 pessoas.