A melhor informação da semana cursos | auditoria digital | blog
por Frederico Carvalho
A sua newsletter preferida de Marketing & Economia Digital

SOCIAL
ANÁLISE EXTENSA

Quando for grande quero ser Youtuber! Professor! Músico…

Os YouTubers são os novos astronautas.

  • Mais de 50 milhões de pessoas ganham agora rendimentos por serem criadores de conteúdos — 3x mais quando comparado com 2017.
  • 30% das crianças inquiridas disseram que querem ser YouTubers quando crescerem;
  • Só o YouTube pagou mais de $30 mil milhões aos criadores de conteúdo ao longo dos últimos três anos.
    (fonte trendsco)

Com esta economia criadora emergente surge um conjunto de enormes oportunidades para fornecer as ferramentas e serviços de que os criadores precisam para gerir os seus negócios online.

No entanto, há só um detalhezinho…
Um pormenor com efeitos sociais reais e que na internet tem 5,2 mil milhões de visualizações e uma hashtag própria chamada #maincharacter: 
O crescimento do fenómeno nos jovens em encenarem cenários e imaginarem-se como protagonistas ou a «personagem principal» numa versão ficcional da sua vida – geralmente baseada em clichés de filmes. 

youtuber

(⭐Pro ↓)

[sociallocker id=”92717″]

A tendência ganhou força porque o bloqueio e a sensação de isolamento da pandemia levaram várias pessoas a afirmarem que sofrem «síndrome de personagem principal» (não é um termo médico oficial), com os sintomas de que cada ação de uma pessoa «encaixa-se numa narrativa», como se fosse um roteiro.

Eddie Brummelman, professor da Universidade de Amesterdão especializado em desenvolvimento infantil, fala da recente proeminência da tendência «do personagem principal» como uma consequência natural do ano passado. «Sabemos que a pandemia fez com que as pessoas se sentissem nostálgicas, solitárias e desamparadas, especialmente os jovens, porque foram privados de muitas partes significativas das suas vidas, especialmente as sociais»

Um estudo da Pew Research Center divulgado esta semana relatou que 81% dos americanos entrevistados assumiram que assistiam ao YouTube, tornando-o não apenas o serviço de vídeo mais popular, mas o serviço digital mais usado, à frente do Facebook. 

Os números são um lembrete de como o YouTube é omnipresente na vida quotidiana das pessoas.

Ao mesmo tempo, o estudo da Pew destaca o facto de o YouTube ser um mau negócio do ponto de vista do seu proprietário, a Google. 

A receita de anúncios do YouTube totalizou US $ 19,8 mil milhões em 2020, representando cerca de um quarto da receita de anúncios do Facebook e menos do que a Netflix ganha com assinaturas. 

Pior ainda, a Google provavelmente fica com pouco mais de metade desse valor, pois divide a receita de anúncios com os criadores.

O YouTube enfrenta a concorrência crescente de apps como o Instagram e o TikTok, tendo sido esta última a app com mais downloads no Q1 de 2021.

Até agora, o YouTube tem tido uma liderança sólida em números de público: o estudo da Pew mostrou que na classe etária entre os 18 e 29 anos, 95% usavam o YouTube, enquanto apenas 48% usavam o TikTok e 71% usavam o Instagram.

Em Portugal, o Youtube também é dominante:

redes-sociais-portugal-2021
fonte:wearesocial/hootsuite

A questão é se a Google pode transformar o YouTube num negócio igualmente lucrativo para os seus acionistas. 

Embora a relativa falta de programação «feita profissionalmente» no YouTube – quando comparada com a TV tradicional – tenha sido uma espécie de falta de estímulo para os anunciantes, o enorme alcance sugere que os profissionais de marketing devem prestar mais atenção a esta rede social.

[/sociallocker]

BIG TECH

Direitos de autor: a batalha da Google vs Oracle;

A indústria da tecnologia recebeu um abanão esta semana.

O Supremo Tribunal nos EUA decidiu a favor da Google, numa batalha com 10 anos, contra a Oracle sobre direitos de autor. 

Empresas desde a Microsoft até ao Etsy tinham avisado que uma vitória da Oracle iria tornar a vida muito mais difícil para toda a indústria, particularmente para os programadores de software e startups

A Google utilizou 11,5 mil linhas de código da plataforma Java da Oracle para construir o seu sistema operativo móvel Android.

O Android corre agora em 2 mil milhões de telemóveis e a Oracle pediu uma indemnização de $9 mil milhões por danos (The Wall Street Journal).

Contexto:
A tecnologia Java em questão foi o software que a Oracle adquiriu à Sun Microsystems em 2010. 

Especificamente, a Google copiou o código da interface de programação de aplicações (API) de Java, que são «pacotes pré-escritos de código informático» que permitem que programas e aplicações falem uns com os outros.

A Google utilizou Java, mas afirmou ter legitimidade  para o fazer.

A razão é que as APIs são blocos de construção reutilizáveis (pense em Stripe para pagamentos online ou a SMSonline.pt para envio SMS) que ajudam as startups e grandes empresas a aceder a serviços cruciais sem ter de construir programação do zero ou de pagar por sistemas entre diferentes aplicações, o que é benéfico para as empresas e consumidores.

A indústria cinematográfica e editorial manifestou o seu apoio à Oracle, preocupados com o facto de a decisão poder significar aplicações excessivamente laxistas de utilização justa do seu conteúdo.

O Supremo Tribunal manteve a sua decisão bastante restrita e concentrou-se especificamente na utilização de Java para Android pela Google, decidindo que só era necessário «o que era necessário» (a Google copiou 0,4% das linhas de código de 2,9 milhões de linhas de código Java).

O tribunal não decidiu se as APIs deveriam ser protegidas por direitos de autor, «dadas as circunstâncias tecnológicas, económicas e empresariais em rápida mudança».

Em última análise, esta é a solução de compromisso: Os amplos direitos de autor das APIs poderiam asfixiar a inovação.

Parece que as novas empresas no mercado podem ter o seu trabalho copiado por outros protagonistas, sem compensação.

Resolver este equilíbrio significa que provavelmente veremos mais casos destes relativamente a processos de códigos/API no futuro. 

DATA BREACH

Os seus dados foram pirateados e agora? 

Calma! É com estes títulos clickbait persuasivos que muitas pessoas cedem os seus dados a terceiros. «Teste aqui a sua personalidade.» Pronto, já era!

Os dados pessoais de 533 milhões de utilizadores do Facebook em mais de 106 países foram encontrados gratuitamente disponíveis online no fim-de-semana passado. 

Os dados recolhidos, descobertos pelo investigador de segurança Alon Gal, incluem números de telefone, endereços de e-mail, cidades de origem, nomes completos, e datas de nascimento. 

Inicialmente, o Facebook alegou que a fuga de dados tinha sido anteriormente reportada em 2019 e que tinha corrigido a vulnerabilidade que a causou em agosto. 

Mas, na realidade, parece que o Facebook não revelou devidamente a violação na altura. Só a reconheceu na terça-feira, 6 de abril, num post de blogue do diretor de gestão de produtos, Mike Clark.

Como aconteceu: No post do blogue, Clark defendeu que o Facebook acredita que os dados foram retirados dos perfis das pessoas por «atores maliciosos», utilizando a sua ferramenta de importação de contactos, uma funcionalidade que utiliza as listas de contactos das pessoas para as ajudar a encontrar amigos no Facebook. 

Não está claro exatamente quando e como estes dados foram angariados, mas o Facebook diz que foi «antes de setembro de 2019». 

É muito comum os cibercriminosos combinarem diferentes conjuntos de dados e venderem-nos em diferentes pedaços, e o Facebook tem muitas violações de dados diferentes ao longo dos anos (o mais famoso foi o escândalo da Cambridge Analytica).

Porque é que o timing é importante: O Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) entrou em vigor nos países da União Europeia em maio de 2018. 

Se esta violação acontecesse depois disso, o Facebook poderia ser responsabilizado por multas e medidas de execução, uma vez que não divulgou a violação aos reguladores relevantes no prazo de 72 horas, como estipula o RGPD. 

O timing é também significativo nos EUA, porque o Facebook assinou um acordo há dois anos que lhe deu imunidade de multas da Federal Trade Commission por infrações antes de junho de 2019, pelo que, se os dados fossem roubados depois disso, poderia enfrentar também uma ação nos EUA.

Como verificar se foi afetado: Embora as senhas não tenham sido divulgadas, os piratas informáticos ainda podem utilizar as informações para mensagens de email-marketing não solicitado, smsmarketing ou telemarketing.

Se quiser ver se os seus dados já foram pirateados, vá a haveibeenpwned.com e verifique se o seu endereço de e-mail ou número de telefone foi violado.  

Eu testei o meu endereço de e-mail e fiquei a saber que os meus dados foram pirateados em três plataformas. Que alegria.

As novas regras das redes sociais

As novas regras das empresas tecnológicas estão a dificultar a fama online para os utilizadores que cometem crimes no mundo real.

A Twitch, a plataforma de livestream da Amazon, utilizada principalmente por jogadores, revelou ontem uma nova política com medidas em casos de «má conduta grave» fora da sua plataforma.

Isto pode incluir violência, atividades terroristas ou recrutamento, ameaças credíveis de violência em massa, exploração sexual de crianças, agressão sexual ou grupos de ódio. 

Porque é importante: Esta abordagem mais holística pode ajudar as empresas tecnológicas a protegerem-se de críticas por acolherem pessoas ou grupos potencialmente nocivos.

Mas será mais difícil traçar a linha de atividade do que é explicitamente ilegal, incluindo o bullying

Veja os meus cursos:
Curso Intensivo Marketing Digital
Curso Email Marketing  |  outros >

INFORMAÇÃO

Especial informativo empresas;

Medidas de apoio aos trabalhadores e empresas

A Lei n.º 15/2021, de 07/04, altera o Decreto-Lei n.º 6-E/2021, de 15/01 (estabelece mecanismos de apoio no âmbito do estado de emergência), no sentido de:

– determinar que para efeitos do cálculo do apoio conferido no âmbito do apoio extraordinário à redução de atividade económica do trabalhador independente e da medida extraordinária de incentivo à atividade profissional, é considerado o rendimento médio anual mensualizado do trabalhador no ano de 2019;

– clarificar que os empresários em nome individual (ENI), sem contabilidade organizada e independentemente de terem trabalhadores a cargo, são efetivamente beneficiários da medida APOIAR + SIMPLES do Programa APOIAR, criado pela Portaria n.º 271-A/2020, de 24/11.(anexa-se versão atualizada do Decreto-Lei n.º 6-E/2021)


Medidas de apoio aos trabalhadores / faltas por assistência à família decorrentes de suspensões e interrupções letivas

A Lei n.º 16/2021, de 07/04, altera o Decreto-Lei n.º 8-B/2021, de 22/01 (estabelece um conjunto de medidas de apoio no âmbito da suspensão das atividades letivas e não letivas presenciais), sendo as seguintes as principais alterações:

1 – Estabelece-se a proibição de anulação de matrícula ou cobrança de juros ou penalidades por falta ou atraso no pagamento das mensalidades quando os utentes demonstrem existir quebra do seu rendimento mensal.

2 – Determina-se nessas situações deve ser elaborado um plano de pagamento, por acordo entre a instituição e os utentes, podendo iniciar-se no 2º mês posterior ao da cessação das medidas, a requerimento do utente.

3 – Salvo acordo expresso do utente em sentido diferente, as prestações não podem exceder o montante mensal de 1/12 do valor em dívida.

4 – Prevê-se agora, finalmente, que no caso de um dos progenitores desempenhar a sua atividade noutra forma, nomeadamente por teletrabalho, o outro progenitor mantém o direito ao apoio excecional à família para trabalhadores por conta de outrem e no apoio excecional à família para trabalhadores independentes pelas faltas ao trabalho motivadas por assistência inadiável a filho ou outro dependente a cargo menor de 12 anos, previsto respetivamente artºs 23º e 24º do Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13/03 (estabelece medidas excecionais e temporárias relativas à situação epidemiológica do novo Coronavírus – COVID 19).(anexa-se versão atualizada do Decreto-Lei n.º 8-B/2021 e do Decreto-Lei n.º 10-A/2020, também alterado por esta lei)


Pagamento em prestações de contribuições e quotizações para a Segurança Social

A Portaria n.º 80/2021, de 07/04, regulamenta as condições e procedimentos relativos ao pagamento em prestações à Segurança Social para regularização de dívida de contribuições e quotizações das entidades empregadoras, dos trabalhadores independentes e das entidades contratantes cujo prazo legal de pagamento termine até 31 de dezembro de 2021 e que não se encontrem ainda em fase de processo executivo (medida prevista no artº 420 do OE 2021)

🚀 Atualidades de marketing & economia digital.

📌 
A app Clubhouse tem mantido investidores interessados na nova ronda de capital que, segundo a Bloomberg, valorizaria o negócio com apenas um ano em 4 mil milhões de dólares. Andreessen Horowitz avaliou o arranque da empresa em mil milhões de dólares há apenas três meses.

Mais uma ronda de capital de risco invulgar para uma aplicação tão recente.

A popular aplicação de chat apenas por convite foi descarregada mais de 13 milhões de vezes no último ano, de acordo com o fornecedor de dados e análises móveis App Annie.

O Twitter realizou recentemente conversações para adquirir a aplicação áudio social Clubhouse, mas aparentemente sem sucesso.

📌 

A MasterClass está a angariar uma nova ronda de financiamento que avalia a empresa com seis anos em 2,5 mil milhões de dólares, relata a Axios.

A MasterClass angariou 100 milhões de dólares no verão passado com uma valorização de 800 milhões de dólares numa ronda também liderada pela Fidelity, de acordo com a empresa de investigação PitchBook. A empresa sediada em São Francisco vende subscrições de cursos online ministrados por celebridades e especialistas da indústria, incluindo Natalie Portman e Annie Leibovitz, que dão aulas de representação e fotografia.

📌 

O Facebook não irá notificar os utilizadores cujos dados perdeu.
Porque não sabe quem eles são. Ótimo! (Reuters)

O que precisa de saber sobre a fuga de dados – incluindo como verificar se foi afetado. (technology review)

📌

O Facebook está a começar a testar a sua cópia do Clubhouse, chamada Hotline. (TechCrunch

📌
Com o boom da economia criadora, a plataforma de monetização de conteúdos Patreon está agora avaliada em $4 mil milhões, com mais de 200k criadores a ganharem mais de $100 milhões de dólares mensais a partir de 7 milhões de clientes.

📌
A Snap adquiriu a app Screenshop que lhe permite carregar fotos de roupas e partilha recomendações de produtos. Mark Zuckerberg, que veste a mesma roupa todos os dias, não irá fazer qualquer uso da app.🥁

📌
A empresa australiana  de gráficos CANVA anunciou 130% de crescimento de receitas em comparação com 2020, que ultrapassaram os $500 milhões de receita, juntamente com uma avaliação de $15 mil milhões.

📌
As cinco maiores agências do mundo cortaram mais de 22 000 empregos em 2020, representando 5,8% da sua força de trabalho, de acordo com a análise da Ad Age Datacenter.

📌
Se no futuro quiser fazer lives no LinkedIn, basta preencher este formulário <

📌
Esta semana, nos EUA, o Juiz Clarence Thomas sugeriu que as plataformas digitais não pudessem bloquear determinadas pessoas das suas plataformas, como o Twitter e o Facebook fizeram com Donald Trump e outros.

Não há dúvida que barrar as pessoas nas redes sociais é um movimento problemático do ponto de vista da liberdade de expressão, como reconheceu recentemente o Senador Bernie Sanders no New York Times. 

Mas restringir a capacidade das plataformas de governar os seus próprios serviços é certamente ainda mais problemático. Regulamentação sobre a moderação de conteúdos poderia afetar a forma como os serviços ganham dinheiro ou, pelo menos, quanto dinheiro podem ganhar.

O Congresso deu, às plataformas digitais, imunidade de responsabilidade através da Secção 230, sem impor «responsabilidades correspondentes como a não-discriminação». 

📌
A Wix criou  anúncios negativos para atacar o WordPress e a situaçãonão correu bem. A campanha não converteu ninguém da comunidade WordPress para apreciar o Wix. A campanha pareceu, de facto, ter dado um tiro pela culatra, fazendo com que muitos expressassem reações negativas em relação à Wix.