A Cisco previu recentemente que o vídeo móvel vai aumentar 13 vezes entre 2014 e 2019, e será responsável por 72% do tráfego mundial de dados móveis.

1. O crescimento alucinante do vídeo:

Mais da metade do tráfego de Internet é vídeo. Nos horários de pico, só o Netflix e o YouTube correspondem a metade do tráfego web.

O YouTube armazena centenas de milhões de horas de visualizações de vídeos por dia. É o líder claro neste espaço. Desde Junho de 2014, o Facebook tem aumentado o número de visualizações diárias de vídeo.

Hoje, mais de 65% de visualizações de vídeos do Facebook vêm do mobile.

Estimativas de custos apontam que os anúncios em vídeos do Facebook têm um custo por mil (CPM) de US$ 22 a US$ 28, em linha com outros inventários de vídeo digital premium e transmissão de TV no horário nobre, enquanto o CPM do YouTube médio são de US$ 15 a  $ 20.

“Em contraste com o YouTube, o Facebook pode aproveitar todos os dados de um utilizador para oferecer aos anunciantes uma segmentação em escala, publicando o “anúncio” no feed de notícias, um meio de alto impacto”, disse Anthony DiClemente, um analista da empresa japonesa Nomura Securities.

Neste análise, o YouTube tem melhores taxas de retenção em relação aos anúncios, em comparação com o Facebook, uma vez que as audiências que visitam o YouTube estão mentalizadas para o efeito de visualização de conteúdos em vídeo.

DiClemente observou; “o público do YouTube é propenso a assistir a  anúncios de vídeo com som, novamente porque está na plataforma com a intenção de assistir a conteúdo em vídeos”, enquanto que o Facebook tem os anúncios de vídeo autoplay  com o áudio desligado (padrão).

O crescimento sustentado do vídeo no Facebook mostrou que,  em Fevereiro, o Facebook foi responsável por 25% de todas as visualizações de vídeos online do Super Bowl,  em comparação com 74% do Youtube (no anterior o vídeo no Facebook representava menos de 1%, e YouTube 94%).

De acordo com o “The Wall Street Jornal” a partir de 2015, o Facebook, com 1.390 milhões de utilizadores mensais, ativos, em  todo o mundo, tem o potencial de gerar US $ 3,8 bilhões em receitas de publicidade em vídeo até 2017. Tal valor  significa triplicar a facturação este ano.

Em comparação, as previsões indicam que o serviço de vídeo do Google, prevê duplicar a sua receita num período de três anos. O YouTube gerou uma receita de US $ 4,1 mil milhões em 2014, e quer crescer US $ 8,5 mil milhões até 2017.

Veja como fazer uma estratégia para a sua marca ser diferenciadora.

2. Google compra Twitter e as plataformas de vídeo?

As várias notícias que avançaram com esta hipótese geraram um aumento de 4% no preço das ações do Twitter. Afinal, qual é o fundamento?

O recente sucesso de duas aplicações móveis – Meerkat e Periscope – que permitem fazer transmissão de vídeo em direto para a rede social, voltaram a colocar o Twitter no centro das atenções. A rede de microblogues detém ainda uma outra rede social, a Vine, que conseguiu chamar a atenção para a moda dos vídeos curtos na Internet.

Um outro fator   relaciona-se com o anúncio no início de 2015,  de um acordo que dá à gigante de pesquisas (Google)  acesso à base de dados de twittes específicos da plataforma  social. O Twitter vai atrair mais tráfego para o sistema, o que por sua vez gera mais dinheiro.

Vejamos o caso do WhatsApp com 700 milhões de utilizadores ativos e continua a crescer muito bem, particularmente na América Latina, onde o Brasil têm sido um dos grandes motores. O Facebook comprou WhatsApp por US $ 22 mil milhões, numa das maiores transações de sempre. O Facebook pagou 4590 milhões de dólares em dinheiro,  178 milhões de ações da plataforma social e 46 milhões de doações em unidades de ações restritas para os funcionários do WhatsApp.

O Twitter tem 288 milhões de utilizadores ativos e o valor de referência é de 34 mil milhões de dólares.

O Google poderia comprar o Twitter. E um dos pontos que muito se fala são os US $ 60 mil milhões que o Google pretende investir em aquisições. Se o Google pagasse  apenas o valor de mercado do Twitter, o preço ultrapassaria o negócio WhatsApp para se tornar a segunda maior aquisição de tecnologia na história. (Depois AOL-Time Warner, de 160 mil milhões, considerada uma das piores fusões da história porque entre várias coisas as sinergias prometidas entre as duas divisões, como a venda de publicidade e a partilha conteúdo, realmente nunca se materializaram.)

O tempo para que o Google comprasse o Twitter seria em 2009. Teria um potencial custo de apenas US $ mil milhões – cerca de 4% de sua receita anual.

3. Vídeos de 360 graus no Facebook

Os “vídeos esféricos”, ou vídeos 360 graus, foram apresentados apenas como preview, mas permitem uma visão global do espaço circundante, através do controlo com o “rato” do computador. Vídeos em 360 graus vão aparecer na timeline do Facebook , o que significa que os utilizadores podem interagir com as gravações feitas em câmeras especiais.
Filmes em 360 graus são a visão de futuro do Facebook para conjugar a nova aposta,  juntando um HeadSeat, para esse efeito, como o Oculus Rift.

Video 360º
360 imagens

Ao permitir o uso de vídeos em 360 graus e anunciar que o futuro está em realidade aumentada e virtual, essas empresas estão a testar a oportunidade de experimentar e atrair muitos programadores de ideias novas, opinou  o analista econômico para a América Latina Mediatelecom, Efren Páez.

“Neste momento suporta apenas um número limitado de câmeras de marcas como Kodak, Ricoh ou número Giroptic. Com isso, o especialista Mediatelecom, entende que o mercado vai gradualmente crescer com novas câmeras acessíveis, com o recurso para  filmar em 360 graus e desenvolver este novo segmento.

Estes, vídeos interativos, curtos, oferecem uma vista de 360 graus de espaço envolvente. De certa forma, eles funcionam como imagens esféricas do Google Street View, mas em  formato de vídeo.

4. Incorporar vídeos Faceboook no seu Site/Blog/Landing Page

Há alguns anos que o Google e Vimeo já suportam a possibilidade de utilizar os vídeos publicados nas suas plataformas tecnológicas e os integra  noutros espaços digitais, mas o diferencial do Facebook tem um enquadramento com imenso potencial, em termos de negócio.

Pelas características de  uma plataforma social, com vários milhões de utilizadores, o investimento (tráfego pago) para que o conteúdo de vídeo ganhe mais visibilidade para uma nova audiência no Facebook, pode ter impacto direto no modelo orgânico, já que,  quantos mais pessoas virem o vídeo,  mais alcance  o mesmo vai ter.

Na prática. gravações publicadas no Facebook também podem ser utilizadas fora da rede social, através de um código embed. Significa que o utilizador publica o vídeo no Site/Blog/Landing Page. O que o Facebook não explicou é que este benefício só funciona para plataformas que suportem flash, já que o player de vídeo tem essa tecnologia, o que revela que dispositivos mobile da Apple não vão ler, e para Android será necessário um browser como o Puffin Browser.

De acordo com o recente estudo do SocialBakers, as pessoas já dão preferência à plataforma de vídeo do facebook em detrimento do Youtube. “Facebook Video is Now Bigger Than YouTube for Brands

É sabido que os posts orgânicos rondam entre os 2% a 6%, ou seja produzir conteúdo para cativar a audiência é profundamente difícil.

O Facebook está a projetar o vídeo para uma percentagem orgânica maior a fim de  ganhar a batalha do vídeo e tornar um hábito capitalizar esses vídeos na plataforma social.

A rede social também sugeriu planos futuros para o video, num post no blog Facebook Mídia :”Ao longo dos próximos meses, estamos redesenhando o fluxo de upload de vídeos e páginas com novos recursos de controle e personalização, incluindo datas de validade, restrições de audiência e muito mais.”

5. Real  time, conteúdo e comentários sincronizados com Facebook

Já existente em alguns blogs e sites, a experiência mais uniforme e unificada do Facebook procura massificar e popularizar, a integração entre os comentários nos sites a e actualização em tempo real no Facebook.
As novas ferramentas de comentários estão atualmente em testes com o Huffington Post, BuzzFeed e algumas outras empresas, antes de ser implementado globalmente para um público maior.

O Facebook encontra-se em negociações com alguns sites para albergar o seu conteúdo na rede social e incorporar conteúdo diretamente na plataforma social, procurando unir os esforços de quem produz e de quem distribui Facebook.

O tempo entre o utilizador clicar na notícia, abrir o browser e esperar  pelo conteúdo da notícia (texto, imagem e vídeo), mostrou que a taxa de rejeição é mais alta (oito segundos é o tempo que um leitor demora a entrar num link e redirecioná-lo para um determinado site), em comparação com uma taxa de abertura mais reduzida incorporada na rede social.

Uma experiência desenvolvida por Chris Cox, chefe de produto do Facebook, propõe o alojamento de conteúdos na sua “News Feed”.

Em relação à  unificação dos comentários, juntamente com as páginas do Facebook pode ajudar os gestores da empresa a  acompanhar conversas com mais facilidade,  facilitando a resolução de queixas sobre o spam de comentários do Facebook. Imagine que comenta uma notícia, numa plataforma integrada do Facebook, num conteúdo proveniente de um determinado site e utilizando uma caixa de comentários específica.Vai aparecer na newsfeed que comentou essa notícia, possibilitando que os utilizadores compreendam que comentou aquela notícia.

Além de hospedar conteúdo diretamente no Facebook, a plataforma social está a avaliar outras formas técnicas para acelerar a entrega dos seus artigos.

Mesmo aumentos marginais na velocidade de um site, disse Edward Kim, executivo-chefe da Simple Reach analytics e distribuição da empresa, geralmente significa grandes aumentos na satisfação do utilizador e gera mais tráfego. Por isso, diz,  é provável que o plano do Facebook incida sobre essas pequenas melhorias, em vez de receber dinheiro com acordos com empresas de conteúdos noticiosos.

O Facebook não tem, historicamente, feito qualquer tipo de repartição de receitas com editores de conteúdo. Essencialmente, a sua posição tem sido “Coloque o seu conteúdo no Facebook e nós enviamos o tráfego.”

6. A disputa de vídeo entre o Facebook e Youtube.

A nova App do Facebook criada à imagem do Snapchat e do Vine, pretende pôr todos os utilizadores a filmar e a partilhar vídeos. Com a nova aplicação móvel (app) “Riff” pode criar um vídeo até 20 segundos de duração e estimular a colaboração de amigos  com a criação e partilha de vídeo . Pode  convidar outros utilizadores a contribuir, acrescentando mais conteúdo visual.

O Facebook implementou um sistema “In-Page” onde, para aumentar o número de visualizações para ver um vídeo, não precisa de clicar no vídeo, mas apenas no scroll down, ou seja, mover com o “rato” a página para baixo.  O filme começa e conta uma visualização. No caso do Youtube, foi implementada a sequência de vídeos, o que significa que quando o vídeo acaba, o Youtube começa a reproduzir outro vídeo em seguida. Um dos formatos mais comuns é o Pre-roll Trueview do Youtube, que permite analisar tecnicamente o viewability do vídeo, já que o utilizador clica no play para iniciar a publicidade. Esse formato revela  se o vídeo foi assistido até 25, 50 ou 100%.

Mark Zuckerberg vê o vídeo como a próxima progressão na partilha, semelhante à forma como as fotos ultrapassaram as mensagens de texto.

Com mais utilizadores a fazer uploads e partilha de mensagens de vídeo, o Facebook pode exibir mais vídeo e capitalizar os anúncios in-stream ou vídeos patrocinados.