Para os motores de pesquisa, os seus verdadeiros concorrentes no negócio online são os sites que aparecem no topo dos resultados sempre que alguém procura palavras ou frases numa consulta de pesquisa. Por isso, o trabalho de SEO (search engine optimization) é tão importante. A concorrência não é necessariamente a marca com o grande nome na sua indústria, mas aquela que concorre no Google e noutros motores de pesquisa.

Compreender quais as suas páginas web que os motores de pesquisa consideram mais relevantes para as palavras-chave associadas ao seu negócio é um passo crucial na sua otimização para motores de pesquisa (SEO). 

O que significam as melhores práticas de SEO?

As melhores práticas para SEO são, geralmente, as que se enquadram nas diretrizes evolutivas do Google e não são explicitamente listadas pelo Google como manipuladoras.
Mas as melhores práticas são mais que apenas o que o Google considera manipulativo ou não.
Por exemplo, as diretrizes do Google não lhe dizem como escolher o alojamento, como otimizar um site WordPress ou se um construtor de websites é indicado para uma situação específica.

Compreenda as melhores práticas SEO (e fáceis) para websites


As estratégias mágicas para automatizar SEO através de IA 

Pense em todos os sites de maior sucesso e depois imagine se fosse possível replicar o seu sucesso. Poderia uma máquina ter construído a Wikipédia?

Não existem estratégias mágicas para automatizar SEO através de IA, mas é dos desejos mais frequentes dos profissionais de marketing para reduzir custos de tempo, formação e recursos humanos.

Um exemplo é o aparecimento das ferramentas de escrita em A.I como Open.ai Jasper.Ai ou Wordplay, entre outros. 

As ferramentas existentes de SEO podem ajudar os profissionais de marketing a compreender como ter um site mais robusto aos olhos da Google, mas não existe um um website perfeito com base em descobertas sobre o que funciona na pesquisa. 

O software do futuro pode gerar as melhores ideias de palavras-chave e talvez até escrever o conteúdo, mas precisaremos sempre do elemento humano. Pode ainda escrever conteúdo baseado em palavras-chave – que podem até aparecer bem na pesquisa -, mas esse conteúdo não terá a emoção necessária para ressoar nos humanos. 

Exemplo: pode descobrir que todas as páginas web mais bem classificadas têm mais de 1000 palavras de texto. 

Se pretende uma boa classificação para uma determinada palavra-chave, vai ter de reforçar o conteúdo da sua página para corresponder à concorrência e utilizar as palavras e frases certas, tendo por base a sua pesquisa e interpretação humana.

A Google já está a utilizar a IA para compreender e classificar o conteúdo. A forma de trabalhar com a IA do Google nunca será entrar num duelo com outra ferramenta de IA. Para ter sucesso, é importante a interpretação da informação com um ser humano.

Se toda a área de SEO pudesse ser destilada para fazer pesquisa de palavras-chave e estruturar páginas web, talvez um dia, a otimização para os motores de pesquisa pudesse ser feita inteiramente por software. No entanto, a área de SEO bem-sucedida é muito mais do que o básico. 

Uma boa otimização estratégica inclui saber arquitetar um website em pastas e ficheiros, os tipos de conteúdo a criar e as personalidades dos potenciais utilizadores. E ainda aprender com o desempenho para otimizar para o crescimento e construir um produto que ressoe nos utilizadores reais.

Seria a Google News uma fonte dominante de notícias se tudo o que fizesse fosse conteúdo escrito por máquina de indexação?


Os algoritmos e fatores de SEO

Os motores de pesquisa incluem muitos fatores de página diferentes nos seus algoritmos (neste contexto, fórmulas para determinar a relevância de uma página web para uma palavra-chave), que utilizam para decidir a ordem em que as páginas web são listadas numa página de resultados de motores de pesquisa (SERP). 

Para cada fator de classificação, é impossível saber exatamente o que o motor de busca considera ser uma pontuação «perfeita». 


O que são DA? DR? e AR? = Autoridade de Domínio, Pontuação de Autoridade e Classificação de Domínio?

As páginas de ajuda pública dos provedores de serviço de ferramentas oferecem uma explicação das métricas.

A Moz escreve:
Domain Authority (DA) é uma pontuação de classificação em motores de pesquisa desenvolvida pela Moz que prevê a probabilidade de um website ser classificado em páginas de resultados de motores de busca. 

A explicação de Semrush sobre a pontuação de Autoridade é semelhante e soa ainda mais abrangente e útil:

Semrush Authority Score é a métrica composta, utilizada para medir a qualidade geral e o desempenho SEO de um domínio ou página web.

Qualquer pessoa que possa medir a «qualidade global» de um website está, pelo menos, retoricamente, a alcançar as estrelas. 

A Ahrefs descreve a métrica e utiliza uma descrição compreensível.

Domain Rating (DR) mostra a força do perfil de backlink de um website em comparação com os outros na nossa base de dados numa escala de 100 pontos. É essencialmente uma versão menos granular de Ahrefs Rank (AR).

Em suma, os três fornecedores prometem um índice para avaliar e comparar um domínio de um ponto de vista de SEO. Soa bem e útil até agora. 

Nas páginas de conhecimento, os três fornecedores também revelam mais sobre como estes índices são realmente calculados.

Moz faz isto com base no seu próprio índice de ligações («Domain Authority is based on data from our Link Explorer web index»); Semrush faz o mesmo («O segundo algoritmo utiliza dados de backlinks»); e, sem surpresas, o cálculo de Ahrefs é também baseado em ligações.

Tendo em conta o facto de Moz ter posicionado o seu valor como uma alternativa ao PageRank do Google, isto é compreensível e consistente. Os outros dois fornecedores copiaram e adaptaram este procedimento.

Deixemos claro: Autoridade de domínio, bem como pontuação de autoridade e classificação de domínio são números proprietários de três fornecedores, todos eles calculados com base em índices de ligação rastreados pelos próprios fornecedores.

Ou seja, todos os grandes softwares procuram mimetizar o algoritmo da Google, para valorizar a sua proposta de valor, deixando um resquício do que poderá estar a influenciar os rankings. E, ainda assim, não é uma comparação justa, porque todos eles atribuem funções diferentes.

É possível, portanto, procurar pistas nas ferramentas, considerando os sites que têm classificação nos lugares cimentos da Google, porque são mais consistentemente classificados para as categorias de palavras-chave de topo. 

Dos mais de 200 sinais de classificação diferentes no algoritmo do Google, alguns são conhecidos, mas muitos permanecem um mistério. 

Para todos os fatores de classificação conhecidos, os sites que classificam bem são os que são «menos imperfeitos» aos olhos do motor de busca. 

Por isso, é uma boa ideia tentar igualar-se a eles antes de se tentar distinguir.

Pegue nos dados que reuniu sobre os seus principais concorrentes e aplique-os ao seu site

Por outras palavras, descobrirá como se tornar semelhante e modelar a concorrência. 

Escrevi vários artigos sobre as melhores práticas para alguns destes elementos que podem ajudar a tomar boas decisões.

Seguem alguns exemplos de elementos que a página pode incluir backlinks (ligações de entrada para uma página web), a sua estrutura de conteúdo, tipos de imagens, vídeos e outros tipos de objetos presentes nos sites.

Tudo isto ajuda-o a compreender o que precisa de fazer para que o seu site concorra nos motores de pesquisa.


Dimensionar a construção da sua página

Examine as suas principais páginas de destino, que são as páginas mais adequadas para os pesquisadores que procuram as suas principais palavras-chave. 

Geralmente, é necessário um mínimo de uma página de destino com, pelo menos, cinco páginas/artigos secundários ou de apoio dedicados a cada uma das suas palavras-chave principais, para que os utilizadores que procuram essas palavras-chave cliquem no seu link e cheguem a uma página que forneça exatamente aquilo que procuram. 

Também deve ter palavras-chave secundárias nessas páginas, mas o objetivo é ter um conteúdo com foco na palavra-chave principal distribuída ao longo de toda a página.

Exemplo: Para a minha landing page do Curso de SEO, tenho inúmeros artigos de SEO neste blogue com link a direcionar para a página do curso.


As diretrizes existem para serem desrespeitadas?

Recentemente, participei no Meet Up Lisboa SEO, com a participação de inúmeros profissionais do mercado de língua portuguesa e de um convidado especial, o ex-Google Pedro Dias.

Durante o encontro, retive que alguns mercados podem exigir que certos elementos da página sejam muito mais curtos ou longos do que as diretrizes recomendam.
A atribuição de links follow e no follow podem ter uma interpretação para os webmasters na sua configuração no gestor de conteúdos e outra interpretação para a Google, especialmente diretórios.

Lembre-se de que a construção da sua página deve torná-lo competitivo pelas suas palavras-chave e fazer chamadas para a ação (exemplo: saiba mais) apoiadas por resultados reais. 

SEO exige uma monitorização e ajustes contínuos, porque a natureza das classificações é transitória. 

As classificações dos motores de pesquisa flutuam, e é necessário fazer afinações para se adaptar. 

Após ter os seus dados, pode aprofundar a sua análise. 


Melhores práticas de SEO para elementos

Neste artigo, abordei o que considero ser algumas das melhor práticas de SEO, de acordo com as diretrizes das melhores plataformas do mercado (OnCrawl, SiteBulb, Sistrix, Ahrefs), alinhando informação, com base nas médias para ajudar à sua decisão no que pode fazer na sua página.

  • Título: A etiqueta Title é uma linha de HTML que se coloca na secção Head, ou topo, do código HTML de uma página web:
    • Melhor prática: 6 a 12 palavras (até aproximadamente 60 caracteres);
    • Média dos concorrentes: 5 palavras.

Nota: Se o seu site tem um gestor de conteúdos em WordPress, poderá instalar o YoastSEO para ser independente na inserção desta informação.

  • Meta descrição: Outra etiqueta HTML que se encontra na secção Head de uma página web:
    • As melhores práticas: 12 a 24 palavras (até 156 caracteres);
    • Média dos concorrentes: 16 palavras.

Recomendação: Os websites de topo parecem estar a seguir as melhores práticas, por isso, faça corresponder as melhores práticas colocando 20 ou 21 palavras na sua etiqueta de descrição Meta.

  • Meta palavras-chave: Esta etiqueta também aparece na secção Head e dá-lhe um lugar para listar todas as suas palavras-chave para a página:
    • Melhor prática: 24 a 48 letras de comprimento;
    • Média dos concorrentes: 3 palavras.
  • Cabeçalhos: São recursos de programação HTML utilizados para destacar títulos e subtítulos de uma página, utilizados na hierarquização e estrutura de uma página. Deve considerar o número de etiquetas de cabeçalho na página = etiquetas de formatação
    • Melhores práticas: Não existe uma orientação mínima/máxima para as etiquetas de cabeçalho, contudo, deve ter uma única etiqueta H1 no topo da página para a sua manchete principal, porque os motores de pesquisa procuram por isto. Utilize H2, H3, etc. em toda a página para os subtítulos que ajudam a quebrar naturalmente o texto.
  • Alt tags: Os atributos Alt são textos alternativos anexos a imagens que descrevem sucintamente a imagem aos motores de pesquisa (e utilizadores):
    • Melhor prática: Para cada imagem, deve incluir um atributo Alt (incorporando palavras-chave, se apropriado). O comprimento do atributo Alt depende do tamanho da imagem, mas não deve exceder 12 palavras por imagem para as imagens maiores. 
  • Palavras do corpo: Refere-se ao número de palavras e ao conteúdo da página que os utilizadores veem:
    • Melhor prática: Regra geral, uma página de destino precisa de, pelo menos, 600 palavras de conteúdo legível para estabelecer a sua relevância para uma palavra-chave.

Recomendação: As páginas dos concorrentes variam muito, e esta média é, provavelmente, um número que desejará exceder.

Compreensão de SEO

A sua compreensão de SEO pode ser básica, intermédia ou avançada, dependendo do contexto e da formação.

O erro mais comum é concentrar-se no que o Google pode estar a fazer.Se existe uma regra de ouro para as melhores práticas de SEO, seja pesquisar por palavras-chave ou avaliar concorrentes, é a seguinte: desenvolver a sua estratégia de SEO considerando o visitante do site ou potencial cliente que pretende alcançar para gerar resultados financeiros para a empresa que representa.

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