O boom do empreendedorismo é um bom presságio para o futuro.
Embora o desemprego permaneça alto, há algo que tem surpreendido os economistas: a criação sustentada de novos negócios.
A pandemia fez aumentar acessos à Internet, compras online e a presença das empresas na Web.
🇵🇹 Em Portugal entre janeiro e setembro, nasceram 27.792 empresas.
Houve “uma queda significativa” em março e abril, mas depois houve um desempenho impulsionado pelo comércio eletrónico, de acordo com dados da consultora Informa D&B.
🇧🇷 O mercado de startups do Brasil caminha para ter melhor ano da história em 2020. Dados do relatório do fundo de investimentos Atlantico, mostram que a penetração do e-commerce na área do retalho entre março e maio de 2020 teve o mesmo crescimento, em termos absolutos, do que o registado em 10 anos entre 2009 e 2019.
✂️ O aumento de startups não compensa os danos causados por bloqueios e o distanciamento social.
😰 O número geral de empresas que empregam trabalhadores permanece certamente menor do que era antes do pandemia, já que muitos negócios faliram.
⬆ Na perspectiva de criação de negócios, em Portugal um outro indicador importante de evolução, é a presença das empresas na Internet que passou de apenas 40% em 2019, para os 60% agora observados.
🌐 O crescimento do digital entre as empresas é igualmente atestado no campo do registo de domínios. O .pt revelou-se o domínio preferido de registo e entre Março e Abril o crescimento do número de novos domínios face ao ano passado rondou os 80%.
Segundo os dados compilados, Portugal apresentou receita referente a impostos sobre o rendimento das empresas correspondente a 3,3% do PIB
🇺🇸 No mesmo período os EUA registaram um aumento substancial de criação de novos negócios. O número de pessoas a trabalhar no sector da informação, abrangendo funções como processamento de dados, portais de pesquisa na web e publicação, aumentou 50%.
Há dúvidas sobre o futuro – vacina, eleições e o impacto da crise.
2021 deve ser um bom ano para as pequenas e médias empresas.
Conforme a economia muda, novas oportunidades vão continuar a a emergir.
A criação de empresas e o envelhecimento da população
🇵🇹 Portugal é o quinto país mais envelhecido do mundo (veja mais sobre este tema), apenas atrás de Japão, Itália, Grécia e Finlândia, e prevê-se que até ao final desta década tenha subido à terceira posição.
Em 1950, 7% da população tinha mais de 65 anos, em 2020 são 23% com idade média acima dos 40 anos, a segunda mais alta da Europa, e será de mais de 50 anos em 2030.
♀A esperança de vida das mulheres está hoje nos 85 anos e estará até final do século acima dos 100 anos.
Num país cada vez mais envelhecido e dominado pela crescente utilização das tecnologias, aliar os dois mundos por uma melhoria da qualidade de vida da população sénior é uma solução eficaz.
🖥️ O uso de tecnologias mostra que são benéficas para a população sénior e para ajudar os cuidadores.
✅ Estimulação cognitiva;
✅ A estimulação da função física;
✅ Uma maior inclusão na sociedade;
✅ Facilidade no acompanhamento à distância por parte dos cuidadores;
Queremos envelhecer de uma maneira saudável.
Em média, as pessoas mais velhas têm mais probabilidade do que as pessoas mais jovens de ter doenças crónicas. À medida que a população envelhece, haverá mais pessoas com Alzheimer ou demências relacionadas, o que aumentará a carga de atendimento.
⬆️ E essas condições crónicas vão colocar uma pressão nos serviços de saúde.
⬆️ O custo dos cuidados de saúde vai aumentar como um todo à medida que envelhecemos.
⬆️ A existência de mais profissionais de saúde será crítica para atender a população em envelhecimento.
O empreendedorismo e a procura da próxima inovação
Estamos sempre à procura da próxima coisa.
🖥️ A popularidade crescente das tecnologias digitais na Ásia está a ter um impacto drástico nos mercados.
Do ponto de vista empresarial, tirar o máximo partido das tecnologias significa responder aos sinais de mercado e à integração dos conhecimentos para operacionalizar nas empresas.
É tudo uma questão de contar histórias.
📋 Então como tornar isso mais relevante em tempo real?
Existe um interesse cada vez maior em recolher dados das redes sociais (social listening), para influenciar as linhas da história.
Para ser feito, não se trata apenas de estratégia de marketing ou estratégia da marca, mas de uma mudança organizacional e tecnológica.
Christopher Brewer, Senior Consulting Partner, da Ogilvy Consulting, refere que a “atracção” pelo feedback do utilizador final na era digital, vai ser exponencial.
BlockChain e a IA estão a perturbar todas as indústrias, mas são os comportamentos de consumo que merecem mais importância.
Muitos dos novos consumidores são nativos móveis ou nativos digitais que em muitos mercados como o da Ásia, são a norma.
Para além da dimensão e sofisticação do mercado asiático, a região vai reivindicar a verdadeira liderança no digital pela contínua inovação e fomento de tecnologias.
A revolução dos smartphones está a ser impulsionada por gigantes da indústria asiática.
Samsung (Coreia do Sul), Huawei (China), Xiaomi (China), e OPPO (China) ocupam o topo do mercado global, de acordo com os dados do IDC.
A Apple, a número dois do mundo fabricante de smartphones, foi essencialmente pioneiro nesse mercado com o seu iPhone.
Para além dos direitos de gabarolice, as características tecnológicas da Apple, amplamente admiradas significam que os seus telefones têm uma margem de lucro estimada em 60%.
Os preços dos fabricantes chineses, dominam o mercado global e geralmente renunciam à rentabilidade para competir sobre a acessibilidade de preços.
A Xiaomi, por exemplo, tem margens de lucro de hardware em 5%, para maximizar a acessibilidade dos seus produtos. (fonte: the economist)
A sabedoria das diferentes estratégias de lucro pode ser debatida.
E o mercado precisa de uma história.
Liderança no comboio tecnológico
Ao contrário do Ocidente, onde os computadores pessoais deram início a uma revolução tecnológica que remonta à década de 1980, a transformação digital na Ásia é mais recente, com predominância nos smartphones.
🌏 O aumento de rendimentos está a permitir um maior número de pessoas, comprarem aparelhos mais avançados.
🇨🇳 Os fabricantes de smartphones chineses, como a Huawei e a Xiaomi lideraram o mundo no desenvolvimento de produtos baratos e acessíveis com grande foco em consumidores de baixos rendimentos.
Este crescimento e tendência está a alimentar a proliferação dos dispositivos móveis com acesso à Internet e a impulsionar a digitalização económica. (veja também o meu artigo “China e o seu poder tecnológico e financeiro no Mundo.”)
🇪🇺 Embora tendo uma população mais de seis vezes superior à Europa, dados da UIT, a agência das Nações Unidas para informação, indicam que a base de utilizadores de telemóveis na Ásia tem aumentado exponencialmente.
📱 Em 2005 eram 833 milhões de utilizadores com smartphone e em 2020 são 4,2 mil milhões, o que significa que a Ásia é agora pelo menos 3,7 vezes maior 😱 do que o segundo maior mercado global (as Américas)
🐉 Com mais tempo em casa, consumindo todas as formas de media – especialmente vídeo digital, a E-Marketeer refere que a China continuará a ser país com maior penetração com 92,5% dos seus utilizadores na internet a consumir streaming ou a fazer download de conteúdo de vídeo pelo menos uma vez por mês em 2020.
Vários fatores exclusivos da China impulsionam essa robusta visualização de vídeo no ambiente digital: melhor seleção de conteúdo nos serviços OTT do que na TV a cabo, a mentalidade móvel da população em primeiro lugar e altas taxas de adoção de TV inteligente.
A Ásia destaca-se na mente dos executivos por liderar a inovação industrial, de acordo como inquérito “Asia Business Outlook” da Economist Corporate Network.
No meio do caos e da incerteza atual, a Europa não pode perder o comboio tecnológico.