A força em números.

🌏 O já enorme mercado online asiático representa 1,8 mil milhões de internautas, ou seja 51% do total da população mundial online.

🏆 Este dado, entre outros, revelam a preeminência tecnológica da Ásia e a enorme vantagem da região sobre outras geografias do mundo digital.

As Américas, a 2ª maior região online, tem menos de 40% de
utilizadores da internet.

As cerca de 500m de pessoas que acedem à web na Europa representam menos de 30% dos utilizadores online.

🇪🇺 No laboratório europeu de investigação nuclear, CERN, o cientista inglês
Tim Berners-Lee inventou a World Wide Web.

A partir destas raízes ocidentais, a Internet expandiu-se geograficamente e desenvolveu uma base de utilização predominante no Leste.

🕸️ A Internet de hoje é mais um fenómeno asiático do que ocidental.

mundo-online

Para as empresas, uma característica especialmente atractiva do mercado online asiático dominante da Internet é a dimensão.

A maior parte dos países da Ásia, vivem em ambientes de mercado em desenvolvimento: a maioria dos que vivem na Índia, as zonas não urbanizadas da China, e muitos dos que residem em todo o Sudeste Asiático.

Com cerca de 60% do total da população mundial, os cerca de 7,6 mil milhões de habitantes na Ásia tem um base de utilizadores online que apesar de enorme, ainda se encontra particularmente aquém de infraestruturas e poder de compra.

Além disso, porque múltiplos dispositivos podem ser utilizados por uma única pessoa para aceder à Internet, o potencial mercado de utilizadores da região excede o da sua base populacional.

Algum do potencial inovador a longo prazo da Ásia pode ser visto com a alta classificação para pedidos de patentes em centros tecnológicos asiáticos

O impacto do capital de risco baseado na Ásia e outros meios de apoio
a economia digital pode aumentar ainda mais o poder económico digital da região e a sua influência mundial.

A Ásia e o domínio online

A Ásia é o lar de pouco mais de metade da população mundial.

📷 A taxa de penetração da sua maior economia, a China, é inferior a 60%.

A segunda maior taxa de penetração tem uma economia populosa, a Índia, com uma taxa de penetração da Internet de 40%.

Com um crescimento económico rápido, a utilização da Internet irá espalhar-se, e a economia digital será um fator em destaque das sociedades modernas.

⬆️ O poder destes e de outros mercados online na Ásia vai crescer.

– Ao contrário do Ocidente, onde os computadores pessoais popularizaram a tecnologia digital, os 📱 smartphones estão a impulsionar a onda digital na Ásia.

1) A população está a aumentar os seus rendimentos e a popularidade dos aparelhos chineses a preços acessíveis.

2) A China e a Índia lideram o mundo com a adopção da fintech.
O Japão, de resto altamente avançado em tecnologia, tem um relativo atraso a este respeito (e uma das economias mais endividadas)

Muitas das inovações são casos de estudo de marcas globais. A Mastercard está a testar na Ásia um cartão de crédito biométrico, que usa uma impressão digital para autorizar transações em terminais de pagamento em lojas. A iniciativa foi criada em parceria com a empresa de segurança Idema e a fintech MatchMove, de Singapura.

A economia digital desempenhou um papel transformador na resposta do mundo aos desafios enfrentados durante a pandemia.

Agora, mais de 135 países, liderados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico, estão a trabalhar para construir um consenso multilateral em relação às questões tributárias internacionais decorrentes do crescimento da economia digital.

Aproveitar o potencial da economia digital é essencial para impulsionar o crescimento global.

A Ásia com o domínio online vai influenciar muitas economias e comportamentos.

Emojis e o comportamento da escrita online

⚠️ Problema: Os fornecedores de tecnologia interpretam o mesmo emoji de forma diferente.

Os Emojis com origem no 🇯🇵 Japão, são um aspecto essencial da comunicação moderna – e há novas imagens mais inclusivas dos ideogramas e smileys.

Quando a Apple mudou o seu emoji de pistola para uma pistola de água 🔫 em 2016, outros fornecedores seguiram o exemplo, presumivelmente para evitar um cenário onde um amigo escreve “animado para a praia?” e o outro recebe um sombrio “animado para a praia?”.

Entretanto foi feita uma auditoria completa aos emojis com significantes de género, e ficou claro que as questões eram mais profundas do que apenas falta de comunicação.

🔴 Estereótipos abundavam.

Médicos, policias e alpinistas eram todos homens.

Em resposta, empresas de tecnologia como o Google, Apple e Facebook começaram a garantir que todos os seus emojis vinham em versões masculinas e femininas.

✍️ Paul Hunt, um designer da Adobe, não achava que isso resolvia o problema.
Hunt é um membro do Subcomité Emoji de Unicode, a organização que aprova todos os novos emojis e supervisiona os símbolos
entre empresas de tecnologia para garantir compatibilidade cruzada.

“A orientação original do Unicode afirmava que as representações de emojis deveriam ser neutras em termos de género”, diz Hunt.

A criação de emojis requer a condensação de mundos de significado numa pequena imagem imediatamente legível entre várias culturas.

🎨 Hunt descobriu que ao trabalhar com uma imagem tão pequena, o cabelo tornou-se uma área com significado e como identificador de género.

Os desenhos das mulheres tinham mais cabelo, os homens cabelo curto e os seus emojis inclusivos de género exibiam cabelo ondulado que se alargava logo abaixo das orelhas.

O objetivo em todos os projetos era remover marcadores que significariam uma associação de género particular – na Google, o emoji de vampiro
🧛 é inclusivo de género.

Nem todos os utilizadores concordam com a direção desta estratégia de design, que é focada sobre a remoção de marcadores de género evidentes, e frequentemente depende de indivíduos tipicamente caucasianos.

Os modelos online de subscrição na nova era da Internet

O número de assinantes digitais no New York Times, aumentou dez vezes, de 600.000 há oito anos, para seis milhões hoje.

💰 Cerca de 60% da receita (US $ 1,8 mil milhões) vem do papel, 29% da publicidade e o restante das assinaturas digitais.

Mark Thompson, o atual diretor executivo da The New York Times Company estima em entrevista, que a publicidade permaneça entre cerca de 20% a 25% das receitas.

📈 As ações aumentaram cinco vezes durante a sua gestão, para $ 43, avaliando o negócio em $ 7,2 mil milhões.

🗞️ Fizeram investimentos em software, em ciência de dados não olhando apenas para o consumo de jornalismo, mas também a propensão para quem visita os ativos digitais, assinar o jornal.

Investiram em podcasts, eventos, conferências, jornalismo interactivo, versões digitais de palavras cruzadas, jogos e receitas, para persuadir as pessoas a se inscreverem. É uma hoje uma receita comum para muitos media.

“Tem que se investir em conteúdo e produto para termos uma oportunidade no digital”, diz Mark Thompson.

O The Washington Post por sua vez teve um declínio acentuado em vendas forçando os seus antigos proprietários, uma família de gerações, a vender ao fundador da Amazon, Jeff Bezos.

📰 📰 Recentemente o Washington Post e o Financial Times anunciaram uma oferta especial que concede aos novos leitores acesso a ambas as publicações, uma assinatura digital conjunta. Esta parceria única permite o acesso a novos públicos.

🇪🇸 O EL PAÍS chega a 110.000 assinantes e firma a liderança na Espanha. Destes 64.200 são novos assinantes exclusivamente digitais.
O EL PAÍS conta com uma equipe de mais de 400 jornalistas e a mais ampla rede de correspondentes de língua espanhola no mundo.

O Jornal Expresso, anunciava em maio 44 mil assinaturas que, através da sua assinatura digital ou do código de acesso teriam acesso à edição semanal em papel, e a conteúdos exclusivos.

De acordo com Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragens e Circulação, o PÚBLICO é o jornal que registou o maior crescimento de assinaturas digitais no primeiro semestre, atualmente com 31.335 assinantes.

Os modelos de subscrição vieram para ficar.

Netflix e o domínio ocidental

Lançada em 1997 a Netflix fez a maior parte do seu dinheiro a vender a DVDs.

Em 1999 anuncia um modelo de subscrição onde os clientes podiam alugar até três filmes de cada vez, sem se preocupar com uma data específica de regresso ou com o pagamento de taxas de atraso.

À data, Marc Randolph co-fundador e o primeiro CEO da Netflix, viajou com Reed Hastings (co-fundador e atual CEO) até Dallas (EUA) para tentar convencer John Antioco, CEO da Blockbuster a comprar a Netflix por 50 milhões de dólares.
📛 A BlockBuster, o gigante do entretenimento de cassetes e DVD’s, tinha uma avaliação de 6 mil milhões de dólares, rejeitou a ideia de compra.

📈 A Netflix aumentou em mais de oito vezes as assinaturas de streaming desde 2010 e, nos últimos três anos, mais do que duplicou os subscritores internacionais.

⬆️ Tem receitas acima dos 20 mil milhões e cresceu em 10 meses de 167 milhões para os 195 milhões de subscritores.

🇺🇸 A Netflix está presente em 56% dos lares nos EUA com acesso à banda larga (fonte: Parks Associates)

🇵🇹 Em Portugal reina com cerca de 2,38 milhões de subscritores (estimativas da Marktest)

A Disney, tem mais de 100 milhões de subscritores a nível mundial, juntando os seus três serviços, Disney+, ESPN+ e Hulu.

Reed Hastings reconhece no Wall Street Journal, a extraordinária proeza da Disney de 50 milhões de subscritores nos seus primeiros cinco meses, um marco que a Netflix levou sete anos a atingir.

Os leilões, a internet e o prémio nobel

O leilão é uma modalidade de negociação, muito difundida em órgãos públicos e empresas privadas.

Este antigo mecanismo económico, é amplamente usado na electricidade, jogos, venda de mercadorias valiosas, arte, e muitos outros exemplos do quotidiano.

É definido por uma série de regras para especificar a forma de determinação do vencedor e quanto este deve pagar.

Alguns tipos de leilões foram dominantes ao longo do tempo.
🇬🇧 No leilão inglês, os lances crescentes são feitos até que um vencedor permaneça;
🇳🇱 Na variante holandesa, é definido um preço alto de abertura e vai reduzindo até que um licitante seja encontrado.
Há inúmeros modelos: Leilões reversos, Leilões chineses, Leilões Penny, Leilões Japoneses, etc.

À medida que o seu uso se expandiu, os leilões tornaram-se mais complexos, e os economistas ficaram mais interessados.

William Vickrey, um dos premiados do Nobel em 1996, desenvolveu o que ficou conhecido como a “teoria do leilão”. Avaliou as estratégias ideais dos licitantes e estudou as propriedades de receita e eficiência de diferentes formatos de leilão.

🏅 Em 2020, os economistas americanos Paul Milgrom e Robert Wilson foram agraciados com o Prémio Nobel de Economia, pelas suas contribuições à teoria dos leilões.

Em detalhe, os laureados trabalharam com outro economista, Preston McAfee, agora na Google para inventar um novo formato, conhecido como “simultaneous multipleround auction” (smra). Em suma, foram reconhecidos por descobertas teóricas que melhoraram o funcionamento dos leilões.

Milgrom e Wilson estão mais envolvidos no mundo real do que o académico típico.

Ambos têm empresas de consultoria para quem procuram operar e licitar em leilões com serviços prestados a reguladores e empresas privadas.
Milgrom aconselhou a Time Warner e a Comcast na sua participação em leilões de espectro de rádio em 2006; A revista “the economist” refere que os seus esforços ajudaram a economizar mais mil milhões de dólares.

O prémio deste ano é o terceiro desde 2007 a homenagear o “design de mecanismo”, ou o uso de princípios económicos para projetar mercados para resolver problemas do mundo real.

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