A Web Summit estimula a capital portuguesa e o próprio país, motivos para festejar, atraindo dezenas de milhares de entusiastas da tecnologia.

A energia e o otimismo há muito que definem o empreendedorismo tecnológico, especialmente depois do período pandémico com lock-down em muitos países. A Web Summit em Lisboa, com 43 mil participantes, foi uma celebração em si mesmo, independentemente dos oradores convidados.

Portugal pode estar a realizar uma rápida transformação digital, mas não pode escapar a problemas mais tradicionais. 

Houve relatos longas horas no controlo fronteiriço no aeroporto de Lisboa (duas horas de espera relatadas pelos participantes, com diversos apontamentos satíricos feitos pelos oradores estrangeiros, em diferentes palcos do evento, e menções na comunicação social internacional, como a Global Insider). As greves de metro prolongaram-se até ao último dia da Web Summit, causando grandes engarrafamentos.

Web Summit temas em destaque

A cimeira é dominada por pequenos atores – as startups que sonham ser unicórnios (avaliação de mercado de mil milhões), aliás, a atratividade dessas pequenas empresas, é a base do modelo de negócio na venda de espaço e placas de madeira, para terem visibilidade na Web Summit.

Alguns dos principais assuntos que dominaram o evento foram a Techlash com o relato das expostas falhas de segurança das plataformas (especialmente o Facebook) e a frustração ocasional pela falta de aplicação regulamentar das grandes empresas.

O metaverso, a inteligência artificial (AI), blockchain, criptomoedas, as (NFTs), e exemplos de como as marcas se adaptaram ao período pandémico para comunicar com as suas audiências, foram alguns dos tópicos mais populares, discutidos na Web Summit.

É preciso compreender que no modelo concebido de palestras e painéis de debate da Web Summit (4 pessoas em palco para debater um tema, com tempo limitado de 15 minutos), ouvem-se mais soundbites que substância, mas há muitas ideias interessantes que vale a pena destacar.

Muitos meios de comunicação social estão à procura das palestras com confetti, fogo de artifício ou nomes conhecidos.

websummit cristina ferreira

Há que gerir expectativas em relação à oportunidade de aprofundar temas.

Neste artigo, parte 1, agreguei algum do conhecimento que cativou a minha atenção, sobre algumas das principais ideias a que assisti nos debates e palestras, desta minha 7.ª experiência na Web Summit.

Web Summit 2021: Definição do grande evento de …

Considerada uma das maiores conferências de tecnologia do mundo, a Web Summit foi fundada em 2009 por Cosgrave, Daire Hickey e David Kelly.

Começou em Dublin, Irlanda com 15o participantes, onde se manteve até 2016, antes de se mudar para Lisboa, onde continuou a crescer.

As receitas do grupo que opera a conferência principal e eventos irmãos aumentaram para € 47,9 milhões em 2019. As contas apresentadas pela Manders Terrace Ltd, a empresa holding que organiza a Web Summit e outros eventos, mostram que o volume de negócios aumentou 35 milhões de euros um ano antes. Os ganhos antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda) totalizaram 9,3 milhões de euros em 2019.
O arranque da edição 2021 trouxe à tona desentendimentos entre acionistas, mas não é assunto para o propósito do artigo.

Os fundadores da Web Summit realizam eventos em todo o mundo, incluindo a RISE Conference em Hong Kong, Collision em Toronto, SURGE em Bangalore e MoneyConf em Dublin. Em 2023, Paddy Cosgrove perspetiva o Brasil.

Em Portugal, Paddy Cosgrave chamou a atenção para o sucesso da campanha de vacinação no país anfitrião, uma das nações mais vacinadas do mundo, com cerca de 85% da população totalmente inoculada.
É um argumento que facilita o convite a oradores e participantes.

Não há dúvida que a Web Summit tem o mérito de agregar muita gente da indústria da tecnologia, e não só. 

Os participantes vêm de todo o mundo à procura de inspiração, trabalho em rede e investimento. 

As marcas marcam presença no percurso dos quatro enormes pavilhões da FIL. 

Na verdade, os maiores stands do evento eram para a promoção de países. 

Alemanha, Grã-Bretanha, França, Bélgica, Qatar, Cabo-Verde, Tunísia, Brasil e Itália também estiveram entre os países que montaram stands para promover a atratividade do país e das suas startups. A Turquia foi representada pela Agência de Investimentos da Presidência e empresários.

Também presente estavam alguns investimentos paralelos em stands diferenciados na promoção direta de cidades ou regiões autónomas representadas. Seicheles, Fundão, Açores, Ilhas Canárias são alguns dos vários exemplos com espaço próprio para promover a atratividade dos seus territórios e ecossistema empresarial ou benefícios financeiros para startups.

A Web Summit na diversidade, tornou-se um atrativo para promoção turística de países e um palco excessivo para políticos. Ministro da Economia, Siza Vieira, o  recém-eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, Ministra da Saúde, Marta Temido, Secretário de Estado da Transição Digital, André de Aragão Azevedo, Secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, Ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, Vice-almirante que coordenou a task force da vacinação contra a covid-19 e, naturalmente, Marcelo Rebelo de Sousa foram alguns dos que subiram ao palco.

websummit marcelo rebelo sousa

Web Summit em números

Informação divulgada pela Web Summit:

  • 10.ª edição
  • 42.751 mil participantes em quatro dias de 128 países. Em 2019 foram 70.469 pessoas.
  • Mais mulheres do que homens presentes. Cerca de 50,5% dos participantes deste ano eram mulheres. 
  • Mais de 700 palestrantes, incluindo fundadores e executivos-chefes de mais de 70 unicórnios de tecnologia – empresas privadas avaliadas em US $ 1 mil milhões (€ 860 milhões) ou mais.
  • A conferência contou com a participação de 1.519 startups.
  • 872 investidores para fazer negócios.

Informação divulgada pela SIBS:

  • 59 mil compras no interior do recinto;
  • Foram utilizados cartões de 100 nacionalidades diferentes nos espaços da cimeira tecnológica. No total, 73,7% dos consumos foram efetuados por estrangeiros e 26,3% por portugueses;
  • Entre os consumos realizados por estrangeiros, o destaque vai para o Reino Unido (10,5%), seguido pela Alemanha (7,4%), Brasil (4,8%), Ucrânia (4,4%) e Polónia (3,7%);
  • Em termos de tempo de permanência em Lisboa dos estrangeiros que visitaram a Web Summit 2021, a maioria escolheu ficar apenas durante os dias do evento (65,8%), enquanto que 34,2% esteve em Lisboa desde o fim de semana anterior.

Informação do Gabinete de Estudos e Estratégia do Ministério da Economia:

  • Com um custo para Portugal de 11 milhões por ano, a Web Summit promete ficar no país até 2028;
  • O retorno financeiro imediato da Web Summit, é menor do que o inicialmente previsto, considerando as edições dos anos 2016, 2017, 2018 e 2019, ou seja, as quatro edições presenciais antes da pandemia;
  • Revisão em baixa no gasto médio estimado. O valor calculado agora é 1,98 euros por dia mais baixo, do que o valor apontado inicialmente; 
  • Os resultados deste mais recente estudo revelam também uma correção em baixa no emprego e nas receitas fiscais arrecadadas pelo Estado. Em 2019, o emprego equivalente anual foi de 1692 postos de trabalho e não de 2911, como calculado no primeiro estudo. E a receita de impostos sobre rendimento foi de 14,7 milhões e não de 35,8 milhões;
  • O Ministro da Economia Siza Vieira refere que, apesar da revisão em baixa, o retorno imediato para a economia portuguesa continua significativamente acima dos custos, considerando impactos indiretos e de longo prazo.

Primeiras impressões Web Summit 2021

websummit entrada

Conforme referi, esta foi a minha 7.ª vez, na Web Summit. Para entrar na conferência, era necessário o certificado digital COVID-19 da UE ou um teste negativo, mas na realidade o controlo era pouco rigoroso, na medida em que era solicitado pelos seguranças, mas ninguém validava com equipamentos. Olhavam em 1 segundo e estava validado.

«Os últimos dois meses foram uma montanha russa, e agora estamos aqui. Não é fácil, há muitos protocolos adicionais, precisamos seguir as regras da autoridade sanitária de Portugal», afirma o Paddy Cosgrave.

Não duvido da complexidade logística e política para organizar um evento com esta envergadura para 43 mil pessoas.

Em setembro 2021, estive na conferência do Reino Unido, BrigthonSEO, um evento com 3000 participantes e a experiência foi diferente. Precisei de apresentar teste negativo no próprio dia (custou 47 libras), mesmo tendo o certificado digital e o controlo à porta foi muito rigoroso, tranquilizando mais os participantes para o facto de se encontrarem num recinto fechado.

Vamos ao que interessa.


Insights de conteúdo: Web Summit 2021 Programação


1) De quem é a responsabilidade criminal pela utilização indevida de dados? 

Vários apelos para que os executivos da Techlash sejam sujeitos a responsabilidade criminal pelo tratamento de dados foi um tema de discussão destacado. 

Atualmente, só existe responsabilidade civil nas principais jurisdições do mundo, mas muitos oradores apelaram a sanções mais duras. 

O investidor inicial do Facebook Roger McNamee e Brittany Kaiser, o fundador da Own Your Data, argumentaram que nada de substancial irá mudar em termos de como as empresas de tecnologia desenvolvem os seus serviços, a menos que os executivos enfrentem o risco de pena de prisão.

O novo ponto de conversa no Facebook: «É bom que estejamos a ter esta conversa em público». Esta foi a linha traçada por Chris Cox, apontado por muitos para ser o eventual substituto de Mark Zuckerberg como CEO da plataforma do Facebook.

2) O que é preciso para ser um chief brand officer moderno?

websummit brand manager

Em palco:
Jessica Spence, da Beam Suntory e Lara O’Reilly

  • A área entre marketing e vendas é muito ténue (blur), e um dos exemplos é o aparecimento de performance marketing
  • O marketing existe para vender porque há uma proposta para vender pelo maior valor possível, através do fortalecimento do valor de marca (Brand Value); 
  • Marketing fez um grande des-serviço que é mostrar muita criatividade, mas não serem muitos responsáveis pelos resultados. É importante que o marketing seja mais orientado para os resultados;
  • Para ser um CMO é preciso ter características fortes de liderança, de conhecimento de gestão de equipa. Marcas que tocam o coração das pessoas e funcionam; 
  • Do ponto de vista de agência, Jessica Spence sugere trabalhar por projeto, ao invés de estar limitada a contratar um pacote de horas;
  • Jessica recomenda a qualquer profissional para ficar numa empresa no mínimo 3 anos, para perceber os ciclos. Brand building é um trabalho de 3-5 anos. 


3) Como salvar o jornalismo de alta qualidade

websummit the times

Em palco:
John Witherow, editor do jornal britânico – The Times. Ex-jornalista da Reuters.

Estava a passar por um dos corredores do evento e não contava ver esta palestra, mas a pessoa em palco cativou a minha atenção porque não tinha slides, e estava em pé a ler o que parecia uma declaração em folhas A4 bem visíveis. Reprovado o formato, fiquei por alguns minutos curioso para ouvir se tinha substância. Gostei, acabei por ficar e achar muito interessante.

  • Referiu haver alguma injustiça quando o algoritmo da Google, atribui a meios de comunicação social como o The Times, um Page Rank de X, e coloca outros sites doutros setores diferentes com um Page Rank melhor ou igual, gerando um problema de perceção. Ele considera ser um mercado diferente. Os média deviam ser mais valorizados pelo algoritmo;
  • Falou de dados estatísticos comparando o The Times com o Washington Post; 
  • Mencionou plataformas que ele e os jornalistas usam, como o Google Trends para perceber melhor o impacto dos títulos e a abordagem aos assuntos; 
  • Hoje em dia os trabalhadores do The Times, sabem o que veem, e como veem, através vários dashboard espalhados na empresa;
  • Leem os comentários com frequência. Estão a pensar deixar os comentários com nomes verdadeiros apenas para os utilizadores mais frequentes e ocultar os nomes de todos os curiosos, que só comentaram 1x, com o objetivo de criar maior fidelização e qualidade;
  • Enorme destaque para a influência da newsletter no modelo de negócio do The Times;
  • Falou na criação de um Digital Hub fechado com foco na angariação de leads, tendo menos conteúdo em massa, mas boas histórias para atrair uma audiência com maior literacia;
  • Referiu que o conteúdo será melhor definido pelo que não fazem, e melhor percebido, nos temas que o The Times aborda;
  • Há 5 perguntas que, enquanto editor chefe, tem sempre a preocupação de fazer na abordagem ao conteúdo:
    • Há alguma peça de análise proveniente de alguma autoridade? 
    • Existe alguma fotografia? Vídeo? Algum sound-bit que possa ser utilizado?
    • Há algum comentário relevante? 
    • Há alguma validação da peça noticiosa que ainda não foi feita?
    • Como chegar a uma audiência maior, escala? 
  • Ele próprio afirma que nada disto é novidade, mas é relevante;
  • Criticou o facto de as empresas de comunicação social terem os custos da estrutura, tecnologia e jornalistas e os gigantes da tecnologia têm os lucros incríveis, porque são o canal de divulgação; 
  • O The Times divulgou que está a chegar a acordo com Apple e Google, mas critica não haver um conglomerado de meios a lutar pelos direitos de todos. O que está a acontecer é cada um tem a sua quinta e defende-a com sabe e pode;
  • O The Times lançou uma rádio 24h dia, para criar maior proximidade entre quem cria o conteúdo (jornalistas) e quem consume. Gerar notoriedade, proximidade, leads e vendas;
  • Afirma que está muito difícil sustentar o bom jornalismo devido aos custos; 
  • Um dos elogios, foi o facto do governo britânico reduzir a percentagem dos impostos na área digital aos meios de comunicação social, que permitiu ao The Times, por exemplo, reter mais receitas e investir em inovação, o que gerou um aumento das receitas em 30%;
  • Para os céticos que estão receosos em entrar no jornalismo, que hoje é a melhor altura, referindo a vantagem de o conteúdo poder ser lido por todas as pessoas, em várias partes do mundo, em múltiplos dispositivos e com a repercussão de um feedback imediato, algo que não acontecia com a mesma facilidade há uma década.


4) Agências: O poder do marketing e das comunicações

Em palco:
Marty Swant da Forbes, entrevista Margaret Wagner Presidente & CEO EMEA da Dentsu.

websummit marketing martha
  • Discutiu as diferentes áreas em que os líderes empresariais abordam o marketing e a comunicação no mundo atual;
  • Falou da explosão dos média, dos dados e do crescimento da área de e-commerce para os próximos anos;
  • De uma forma geral Marty Swant, refere que as pessoas estão a perceber que podem usar a Internet para fazer uma pesquisa mais alargada e com mais conhecimento para tomarem decisões mais conscientes.
  • Refere que o RGPD para a Europa e o CCPA para a Califórnia (EUA), foram maiores disruptores do que a «app transparency tracking» da Apple, mas todos eles importantes;
  • Mart Swant refere que muito do que aconteceu no espaço digital, empoderou as marcas a perceber que precisam dos dados dos clientes, «first party data» e que devem ter responsabilidade sobre os dados, ao invés de dar a terceiros como as big tech;
  • O marketing atual deve assumir a perspetiva «Next best offer > Next best action > Next best experience». O fim pode não ser necessariamente uma venda;
  • Cada vez mais se vê modelos de subscrição em produtos do quotidiano como champô ou comida de gato e esta tendência vai aumentar para outros bens de grande consumo;
  • Antigamente não havia dados e era preciso «achismo», hoje é menos admissível com a quantidade de plataformas que facilitam o acesso a dados.

5) Criar notícias digitais de primeira qualidade e definir a sua etiqueta de preço

Em palco:
Catarina Carvalho da Mensagem de Lisboa, entrevista Alex Kantrowitz fundador da Big Tecnology e Nicholas Carlson, Global editor-in-chef na Insider

websummit insider

Para quem consome conteúdo online, no espectro de produtos noticiosos de primeira qualidade, este debate destacou o backstage das criações do jornalismo digital premium e como se posicionar para rentabilizar o negócio.

  • Falou-se do «Syndication Model» que são vários métodos de crossposting do conteúdo de um site para outro, geralmente baseados na fonte e no alvo do post original e da cópia (ou cópias múltiplas), bem como quem é o proprietário da versão original.
    A sindicação envolve a venda do mesmo bem a muitos clientes, que depois o integram com outras ofertas e o redistribuem. A prática é rotineira no mundo do entretenimento. Estúdios de produção de programas televisivos vendem o programa, para transmissão em redes e estações locais;
  • Falaram do modelo de precificação das notícias. Nicholas refere o leque de opções de receita da Insider com destaque para o modelo de subscrição de conteúdos no site e newsletter, bem como a rede anúncios. Destaca as importantes parcerias com empresas, permitindo múltiplas fontes de receitas. Reforça que para ter várias fontes de receita é preciso ter expertise, pessoas que conhecem as ferramentas e modelos associados;
  • Nicholas sugeriu um modelo mental. «Imagina um diagrama: Um círculo com o que tu gostas, outro círculo com o que audiência gosta, e o overlap é o que devemos escrever.»;
  • Falou-se sobre o clickbait e das técnicas para atrair a atenção e encorajar os visitantes a clicarem num link para uma determinada página web. Nicholas destaca que fazer acreditar que um determinado conteúdo será melhor que aquilo que realmente é, será minar a credibilidade «deceptive», mas refere que é preciso pensar em chamadas para a ação preponderantes;
  • Alex envia uma newsletter 1x por semana e refere que a métrica mais importante para ele, são as aberturas únicas, permitindo compreender como vai ter uma sustentabilidade de negócio; 
  • O principal modelo de negócio do Alex é a newsletter: mantém os clientes e potenciais clientes atualizados sobre os desenvolvimentos na área da tecnologia, entre outros. Ao manter o seu público informado sobre tópicos da especialidade, ganha a confiança para depois propor produtos. A newsletter permite fazer pouco, mas muito bom, porque ninguém quer receber muitos emails; 
  • Alex refere que é o motor de produção de conteúdo, e depois tem 1 pessoa para ajudar nas vendas e 1 pessoa para o podcast;
  • Elogios à realização do palco «The Four State» sobre a inovação no tema do jornalismo;
  • Nicholas refere que o site da Insider tem tantas visualizações como o site do Washing Post ou New York Times;
  • A Insider vai contratar mais pessoas para abordar temas como as criptomoedas e blockchain, porque é um tópico que está a crescer nas pesquisas online e eles produzem o que a audiência quer; 
  • Falou das paywalls e elogiou a persistência do Washington Post, como um dos meios de comunicação com maior longevidade com essa funcionalidade;
  • Incentivos alinhados com o leitor e não com os advertisers;

Alex sugeriu a criação de um formulário para perceber o que as pessoas procuram equerem. 

Continue a ler os próximos insights de conteúdo, no próximo artigo, com lançamento na próxima sexta-feira, 19 de novembro 2021.