\u201cAs redes sociais est\u00e3o a promover grupos homog\u00e9neos, convictos de
que est\u00e3o do lado da raz\u00e3o\u201d, resume Fabian Baumann, f\u00edsico da Universidade Humboldt, na Alemanha.<\/p>
☯️ Baumann usa f\u00f3rmulas matem\u00e1ticas para analisar o discurso nas redes sociais. \u201cTemos pessoas com as mesmas opini\u00f5es a interagir entre si, a repetir as mesmas ideias e a criticar as mesmas pessoas, o que as impede de questionarem as suas opini\u00f5es.\u201d<\/p>
H\u00e1 meses que Baumann e a equipa est\u00e3o a mapear debates de temas pol\u00edticos online (da legisla\u00e7\u00e3o sobre o aborto ao controlo de armas)<\/p>
\u201cTornou-se evidente que na Internet ningu\u00e9m se encontra no centro. As pessoas est\u00e3o a falar do que ouvem e a ouvir do que falam\u201d,
conclui o f\u00edsico, que acredita que ver pessoas divididas em grupos ideol\u00f3gicos \u00e9 muito mais f\u00e1cil online.<\/p><\/blockquote>\u201cAs grandes redes sociais como o Twitter, o Facebook e o YouTube aceleram um processo que j\u00e1 \u00e9 humano\u201d, admite.<\/p><\/blockquote>
☯ Apesar de serem vistas como espa\u00e7os p\u00fablicos, as redes sociais YouTube, Facebook, Twitter e Instagram s\u00e3o empresas com fins lucrativos. E, frequentemente, o objectivo \u00e9 promover conte\u00fado que seja do interesse dos utilizadores e os leve a ficar mais tempo nas redes sociais.<\/p>
\u201cAs redes sociais est\u00e3o programadas para promover publica\u00e7\u00f5es que motivam uma resposta emocional, o que facilita a propaga\u00e7\u00e3o de conte\u00fado extremo\u201d<\/p><\/blockquote>
🎍Adam Hardley, director da iniciativa “Tech Against Terrorism” refere “A forma mais efectiva de lutar contra o extremismo, em todas as suas formas, \u00e9 criar um ambiente em que discursos pol\u00edticos extremos possam ser abertamente desafiados\u201d.<\/p>
\u201cIdeologias criadas no mundo real n\u00e3o podem ser derrotadas online\u201d.<\/p><\/blockquote>
\u201cO processo de modera\u00e7\u00e3o no YouTube n\u00e3o \u00e9 preto e branco. Tem nuances\u201d, defende Ivy Choi.<\/p><\/blockquote>
O youtuber brasileiro Joel Pinheiro, destaca que \u201cA nossa mente n\u00e3o busca a verdade acima de tudo; prioriza as informa\u00e7\u00f5es que reforcem as cren\u00e7as \u00e0s quais ela j\u00e1 adere\u201d, lembra. \u201c\u00c9 poss\u00edvel ouvir o outro lado sem abandonar as pr\u00f3prias cren\u00e7as. Contudo, para ouvir o outro lado \u00e9 preciso v\u00ea-lo como um interlocutor leg\u00edtimo, digno de confian\u00e7a\u201d.<\/p>
Veja tamb\u00e9m o livro Marketing Mindset (p\u00e1gina 93) do autor Andr\u00e9 Zeferino.<\/p>
A persua\u00e7\u00e3o online e as emo\u00e7\u00f5es da audi\u00eancia.<\/h4>
Os profissionais de marketing usam cada vez mais as redes sociais para aumentar o envolvimento com o cliente, frequentemente com publica\u00e7\u00f5es antes, durante, e depois dos eventos como concertos e jogos de desporto.<\/p>
Um par de estudos mostra que adaptar o volume e o conte\u00fado das publica\u00e7\u00f5es nas redes sociais ao que acontece no evento<\/strong> (se a equipe perde ou ganha) tem um impacto consider\u00e1vel no sentimento do cliente, como um fator importante de “engajament”, compras e no LTV (life time value)<\/p>
Os estudos focaram-se nos efeitos das publica\u00e7\u00f5es informativas (\u201cO nosso pr\u00f3ximo jogo \u00e9 contra X\u201d) em contraste com as publica\u00e7\u00f5es emocionais (\u201cObrigado, f\u00e3s, pelo apoio fant\u00e1stico! \u201d)<\/p>
Os autores do estudo avaliaram as equipas de futebol, na rede social Facebook, nomeadamente 265.530 coment\u00e1rios feitos pelos utilizadores durante e depois dos jogos, al\u00e9m das publica\u00e7\u00f5es da equipa.
Fonte: The Role of Marketer-Generated Content in Customer Engagement Marketing,\u201d by Matthijs Meire<\/p><\/blockquote>Usaram um algoritmo lingu\u00edstico para identificar coment\u00e1rios negativos de f\u00e3s e analisaram publica\u00e7\u00f5es geradas pela equipa classificando-as como informativas ou emocionais.<\/p>
A an\u00e1lise mostrou que os posts emocionais afetaram positivamente o sentimento dos f\u00e3s, independentemente do resultado de uma partida.<\/strong><\/p>
As publica\u00e7\u00f5es informativas tiveram um impacto positivo s\u00f3 depois de uma derrota – e levaram apenas quatro publica\u00e7\u00f5es informativas para aumentar o sentimento do cliente em 20%.<\/p>
\u201cOs resultados sugerem que as publica\u00e7\u00f5es devem ser estrategicamente adaptadas com base no desempenho da equipa, durante os eventos\u201d<\/p><\/blockquote>
\u201cCom resultados positivos, as publica\u00e7\u00f5es de conte\u00fado multissensorial e emocional podem ser particularmente eficazes no refor\u00e7o de qualquer experi\u00eancia positiva, enriquecendo ainda mais as representa\u00e7\u00f5es mentais que os clientes t\u00eam da marca. “<\/p>
“Para resultados de eventos negativos, \u00e9 prefer\u00edvel conte\u00fados informativos, ou encorajar outros a partilhar experi\u00eancias ou informa\u00e7\u00f5es relacionadas \u00e0 marca ou \u00e0 empresa\u201d<\/p>
Mas porque \u00e9 que se fala tanto do TikTok ?<\/h4>