Como sabemos um site geralmente ocupa um domínio (www.oseunome.com)

Ter um site é como ter uma casa própria, uma plataforma que interliga várias outras plataformas e utilizadores, ao mesmo tempo que potencia a mensagem que desejamos partilhar, concentrando informação, projetando orientação, educação e uma introdução aos objectivos da empresa, credibilizando assim a organização. 

Para construir um site precisa de escolher a plataforma para construção de sites, escolher o domínio do seu site (www.) e o terceiro passo passa por configurar e personalizar o seu website.

Por norma, as páginas web devem obedecer a um design comum e a itens de navegação, formando um grupo integrado de páginas orientadas, com links para ajudar o visitante a encontrar informação e a navegar por áreas de interesse. 

Exemplo do Menu de um site: Sobre > Serviços > Media > Blog > Contactos

Criar um site: da tecnologia à experiência do utilizador

Qualquer empresa, organização ou pessoa pode criar um site na Internet. A tecnologia utilizada para a construção de sites evoluiu muito, sendo hoje possível trabalhar com freelancers, agências ou investindo o seu próprio tempo na construção da sua página. 

O desenvolvimento da tecnologia, trouxe várias plataformas tais como Wix, Weebly, Squarespace entre outros, que facilitam pessoas com poucos conhecimentos técnicos a construir os seus próprios sites. O maior custo de usar estas plataformas é para muitas pessoas oculto.
Recomendo que use WordPress, que tem 60% do mercado global de CMS (Gestor de Conteúdos) sendo uma das plataformas mais populares. Sites como CNN, TIME.com, Observador.pt, Spotify, entre outros usam esta plataforma.

A estrutura gráfica e funcional de um site deve transparecer a proposta de valor da empresa, sendo atrativo e focado nas necessidades do público-alvo da empresa em questão. 

Finalmente, divirta-se com este projeto criativo e desfrute do processo.

A preocupação com a experiência do utilizador vai tornar o site numa importante ferramenta de fidelização dos clientes.

É importante compreender que a construção de páginas na web é uma parte integrante da criação de relacionamentos com clientes curiosos ou potenciais clientes, dado a crescente utilização de conteúdos valiosos nestas páginas, que podem materializar-se sob a forma de casos de estudo, ebooks, relatórios, vídeo-aulas, entre outros.

A especialização dos profissionais que trabalham em UX (user experience), que estudam e avaliam as formas como os utilizadores interagem com foco no Design, Acessibilidade, Marketing, Desempenho do Sistema, Ergonomia, Utilidade e Fatores Humanos, é muito importante. 

Determinar quais estratégias de conversão e o que pode funcionar ao nível da experiência do utilizador para um negócio específico, pode ser assustador, mas a análise é o seu aliado.

Num estudo recente da Forrester Research, um interface bem projetado pode aumentar a taxa de conversão do seu site  até 200%, e um melhor design pode atingir taxas de conversão até 400%. 

Ao envolverem-se nas emoções dos utilizadores, conhecendo-os melhor, os designers com este acréscimo podem começar a contar histórias e dar informações que são relevantes, aumentando desta forma interação marca-cliente.

A este propósito, veja-se  um dos pioneiros da inteligência artificial, Ray Kurzweil, no seu livro How to Create a Mind: The Secret of Human Thought Reveal (2012), que refere que os seres humanos são incríveis máquinas de reconhecimento de padrões, porque têm a capacidade de reconhecer muitos tipos diferentes e,  em seguida, transformar em etapas concretas e acionáveis. 

 Os padrões na construção de sites em responsive webdesign evoluem rapidamente, mas há muitos padrões estabelecidos que funcionam bem em dispositivos móveis e computadores.

 A maioria dos layouts usados por páginas da Web responsivas pode ser categorizada em um de cinco padrões: mostly fluid, column drop, layout shifter, tiny tweaks e off canvas.

Curiosamente,independentemente das diferenças culturais, consumimos conteúdos (livros, revistas, páginas web, entre outros) do topo para baixo, e a maioria das pessoas lê da esquerda para a direita.

Naturalmente que os utilizadores que visitam um site ou uma landing page, raramente vão ler todas as palavras escritas. Mas, para garantir que uma página web é interessante, apelativa, com um design persuasivo e capaz de captar a atenção do utilizador, é importante que a mesma tenha sempre em conta 4 aspectos fundamentais:  

1. Clareza

Quando nos deparamos com algo pela primeira vez, perguntamos imediatamente: “O que é isto?”. Quando um visitante chega a um site ou landing page, precisa sempre de respostas. Por isso, a primeira coisa que lê, deve fornecer-lhe respostas a questões como:  

  • O que é este site? 
  • O que posso fazer aqui? / O que estou à procura?
  • Porque devo fazê-lo? / De que forma é útil para mim?
  • Qual o motivo para comprar a esta marca e não a outra da concorrência?

Normalmente, prestamos atenção aos padrões. De facto, procuramos muitos, mesmo que inconscientemente. 

          Um estudo interessante da Nielsen Norman Group (2016) sobre a navegação do utilizador, revela que o mesmo,  quando visita um site, espera encontrar o logotipo no canto superior esquerdo, seguido da navegação, no canto superior direito. Os utilizadores lembram-se mais do logo da marca quando foi exibido no lado esquerdo da página, em comparação com o direito. Esta diferença foi estatisticamente significativa.

     Um site que quebra estes padrões, pode deixar o utilizador “perdido”, frustrado ou curioso.

2. Atração visual

As primeiras impressões são sempre as mais importantes. Se os visitantes de um site (ou landing page) compreenderem que estão no sítio certo e que aquilo que a página oferece é interessante e corresponde aos seus interesses ou necessidades, o trabalho seguinte será sensibilizá-los para o funil de vendas.

A aparência de um site (ou da landing page), é o principal motivador destas primeiras impressões. Por isso, é importante ter cuidado com os layouts complexos, a falta de auxílios à navegação e o ignorar dos padrões do design para web, especialmente no que respeita ao uso de cores. Atenção a letras demasiado pequenas, muito texto ou resultado de pesquisa, dentro do próprio site, insuficientes ou incompletos.

Um estudo da  Google sobre este tema, revela que existem dois fatores-chave, associados ao design de uma página, que determinam as primeiras impressões que um site causa nos utilizadores. São eles: 

  1. A complexidade visual (quanto mais simples for o design, melhor);
  2. A atratividade e familiaridade (quão representativo o design de uma página é, considerando uma determinada categoria de sites em que se insere).

Os resultados demonstram que, tanto a complexidade visual, quanto a familiaridade do site (semelhança com outros), desempenham papéis cruciais no processo de formação de um julgamento estético por parte do visitante. Este processo acontece dentro de prazos incrivelmente curtos: entre 17 e 50 milissegundos. Para termos um termo de comparação, um piscar de olhos médio, demora entre 100 a 400 milissegundos. 

3. Forte hierarquia visual

A hierarquia visual é um dos princípios mais importantes do webdesign. Em breves palavras, é a ordem pela qual o olho humano percebe o que vê.

A título de exemplo, num site, salvo raras exceções, não faz sentido ter um menu na homepage com 10 itens. Uma vez que isto significa que todos estes itens terão a mesma importância para o utilizador, havendo um maior risco de que o mesmo se perca na informação e, com isso, perca o interesse. 

Onde pretende que o utilizador efetivamente clique? Menos itens no menu é positivo para o utilizador, porque facilita a procura de informação; positivo para a organização que tem o site, porque direciona o visitante para aquilo que, em última instância, importa (o objetivo do site/landing page); e positivo numa ótica de otimização dos motores de pesquisa, já que a página inicial do site terá mais “autoridade” e, com isso, melhor posicionamento no motor de pesquisa.

Quanto mais concisa for a navegação dentro de um site, mais autoridade terão as páginas interiores.  

Certas partes do seu site e da sua landing page são mais importantes do que outras (formulários, chamadas para a ação, propostas de valor, etc.). 

O utilizador pode ser atraído pelo tamanho ou pela representatividade que essas áreas têm dentro da página, mas também pela cor. 

4. Conserve a atenção a todo custo

O design precisa de ter uma hierarquia visual forte, com foco nos itens que são realmente importantes para conservar a atenção do utilizador.

Utilize imagens grandes e relevantes. No caso de usar fotos de pessoas, procure especialmente aquelas em que o olhar está direcionado para o utilizador.

Outro aspecto importante é o contraste, a diferença entre duas cores, já que as nossas mentes são projetadas para detectar estas diferenças. Preto e branco são as cores que criam sempre o maior contraste possível. 

Sabe quais são as duas formas mais fáceis de eliminar a atenção de um utilizador? Uma parede de texto seguido.

Frases irrelevantes. Exemplo: “Bem-Vindo(a) ao nosso site”, “A nossa filosofia”…

Procure que o seu site (ou Landing page) tenha um foco no utilizador, uma solução centrada no cliente. Os utilizadores geralmente vêem o conteúdo da Web o mais rápido possível, para avaliar se querem investir mais tempo na leitura de algo.

Existem hábitos de leitura não padronizados devido a comportamentos multi-tasking e às características de diferentes dispositivos existentes, contudo, um dos comportamentos comprovados na navegação das páginas web é o padrão de leitura em Z. 

Em primeiro lugar, o leitor procura uma linha horizontal, na parte superior da página, seja porque fixa a zona da barra de menu ou simplesmente por um hábito de leitura que já tem, da esquerda para a direita e a partir do topo. 

Quando o olho atinge o fim desta primeira linha, com base num hábito de leitura já adquirido, há um desvio da atenção e uma leitura mais superficial da informação que está no meio.

 Por fim, o utilizador percorre a página e repete uma procura horizontal de conteúdo, desta vez já na parte mais inferior da página.

Este padrão de leitura e de organização da informação, é aplicável, praticamente, a qualquer interface web, uma vez que inclui os principais requisitos para um bom site (ou Landing page), como hierarquia da informação, branding e chamadas para ação. 

O padrão Z é perfeito, sobretudo, para interfaces onde a simplicidade é uma prioridade e a chamada para a ação é o principal objetivo.

Que tipos de páginas existem num site?

Temos normalmente 3 tipos de páginas:

1) Páginas de navegação: Ajudam os utilizadores a encontrar conteúdo e a ter acesso ao mesmo. O principal objetivo é enviar os utilizadores para uma página específica, geralmente a página inicial ou página de resultados de pesquisa.

2) Páginas de consumo: Contêm artigos, vídeos, páginas de produto, serviços, informações sobre preços, entre outros.

3) Páginas de interação: Criam uma interação com o utilizador, levando-o a realizar uma ação. As páginas de pesquisa ou que contêm um formulário de inscrição, são um exemplo deste tipo de páginas, que permitem que os utilizadores insiram e manipulem dados.

Cada tipo de página está projetada para um género diferente de tarefa por parte do utilizador. 

     Compreender o tipo de páginas que precisa de ter num site, ajuda a adaptar o design do interface e a garantir que corresponde às necessidades e expectativas do visitante. 

Ao projetar o mapa do seu site, é importante avaliar se se trata de uma página de navegação, página de consumo, página de interação ou várias. 

Se pretende desenvolver um site, deve garantir que trabalha com alguém que conheça de conversões e marketing, como também um bom designer, com conhecimentos de user experience. 

   Quando falamos de webdesign, não significa apenas desenvolver um site ou landing page agradável e atraente, mas também pensar sobre a importância da funcionalidade e da experiência do consumidor.

formacao com frederico carvalho

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