“A História nunca se repete, mas de vez em quando rima.” Mark Twain

A ideia de que muitas empresas confiam em dados para produzir ou comercializar bens e serviços não é novidade.


Amazon, Alphabet, Facebook e Alibaba são das mais conhecidas, em relação ao facto de basearem o seu modelos de negócios no uso de dados para otimizar publicidade.

No entanto, os dados diferem muito dos tradicionais fatores de produção, como capital e trabalho.

Por exemplo, para alcançar escala, as empresas precisam de dados sobre um grande número de clientes – especialmente quando os algoritmos são usados ​​em publicidade.

Dada essa escala, os dados interagem com a privacidade pessoal – até mesmo segurança nacional – em maneiras que outros fatores de produção não.

Estes atributos especiais dos dados, impedem a sua eficiência, circunscrevendo-os, apesar de sua natureza digital, e muitas vezes impedem as organizações de maximizar seu valor.

Dados Partilhados

A concepção de big data como um silo, está dar lugar à noção de dados partilhados.

Imagine como a Amazon, o Facebook, o Google e o Alibaba – com os utilizadores nas suas plataformas “criam” dados. Informações valiosas sobre os comportamentos e preferências de quem usa as plataformas.

As pessoas têm direitos sobre seus dados brutos.
É ilegal vender, partilhar, trocar ou negociar dados sem o seu consentimento informado.

Considere este cenário: um empresa com uma ideia para um novo negócio, já tem equipa e capital suficiente, procura gerar um novo algoritmo para detectar uma doença em estágio inicial.

Normalmente a empresa teria obstáculos em reunir ou comprar legalmente uma grande quantidade de dados específicos necessário para treinar o algoritmo.

Atualmente, pode criar diligências para ter registos médicos voluntariamente fornecidos pelos pacientes, possuindo os dados necessários para o algoritmo aprender – e os utilizadores receberem honorários ou serviços médicos (da empresa) que são distribuídos pelos pacientes cujos dados foram utilizados.

Os proprietários de dados (neste caso, pacientes) fazem os seus próprios dados trabalhar para eles em troca de uma taxa ou um aumento serviço. Simultaneamente, empresas terceiras, geram valor que não existia antes da troca de dados.

Dá para imaginar?

Inovação e o poder dos dados na valorização da Amazon, Alphabet, Facebook e Alibaba
Inovação e o poder dos dados na valorização da Amazon, Alphabet, Facebook e Alibaba

💰O grupo das empresas mais valiosas do Nasdaq Composite, em termos de capitalização de mercado, tem quatro empresas a valer mais do que mil milhões dólares.

A Apple lidera e é já a cotada mais valiosa do mundo, superando a Saudi Aramco.

“O atual valor das ações continua demasiado alto, tendo por base uma comparação histórica”,

diz Thomas Shohfi, professor assistente no instituto de Rensselaer, em Nova Iorque.

Este ano, o Nasdaq Composite valoriza mais de 35% e desde o início de 2019, acumula um ganho de quase 80%.

Quando a bolha tecnológica rebentou, os indicadores financeiros
das empresas – “não eram fortes o suficiente para suportar os ganhos nas ações”, de acordo com Robert R. Johnson.

No final de 1999, o Nasdaq 100 estava a negociar 73 vezes acima da média de resultados das empresas que o compunham.

Atualmente, negoceia com uma margem 26 vezes superior.

👜 O recente “rally” do setor de tecnologia é suportado, principalmente, pelo apetite de compra de ações das grandes empresas, como a Apple, a Microsoft, a Amazon, a Netflix, a Alphabet e o Facebook.

Além dos indicadores financeiros das empresas, realça-se o ambiente geral dos mercados.

Thomas Shohfi refere o nível negativo das taxas de juro

“mais elevado durante a bolha de tecnologia, nunca tendo atingido os 0%”.

Agora, os juros a dez anos dos EUA negoceiam nos 0,6%, enquanto
os da Alemanha seguem nos -0,5%.

🥇 O “rally” não está apenas em ações de empresas tecnológicas, mas também noutros tipos de ativos, como o ouro, por exemplo, que renovou, recentemente, máximos históricos.

A indústria farmacêutica constitui agora o melhor exemplo de inovações ultra-rápidas para lidar com a crise pandêmica, mas há outras: Destilarias de rum e uísque começaram a produzir gel desinfetante.

Da mesma forma, os produtores de como Nivea, L’Oréal, e LMVH também começaram a fabricar desinfetante para as mãos para atender às crescentes exigências.

Jeff Bezos e Elon Musk reaproveitaram a capacidade de fabrico e experiência da BlueOrigin e SpaceX, para impressão em 3D de viseiras/escudos para os profissionais de saúde.

A lógica específica das iniciativas de inovação ultra-rápidas podem resumir-se em cinco princípios:


• Avaliar e perceber o problema de inovação
(exemplo: falta de ventiladores, desenvolver a vacina para o coronavirus. Combinar o problema com os recursos existentes, ideias, conhecimento e tecnologia.)

• Mapear recursos
(exemplo: inventário rápido de “coisas úteis” conhecimento e recursos como produtos existentes, instalações, base de dados, software, talento e experiência.)

Usar tecnologias emergentes
(exemplo: Computação em nuvem, análise de dados, inteligência artificial, e outras tecnologias emergentes. As plataformas digitais permitem que especialistas, financiadores, entidades públicas e organizações privadas, possam partilhar informações e coletivamente criar conhecimento.

• Incentivar a colaboração
(exemplo: A filantropia de Bill & Melinda Gates e os especialistas da sua fundação é benéfica na resposta à crise. O financiamento é importante, mas mais crucial é a conhecimento que essas fundações trazem para a mesa quando se trata de orquestrar globalmente a colaboração de investigadores e cientistas nas empresas farmacêuticas na identificação de tratamentos COVID-19.

• Integrar o cliente final
(exemplo: Integrar rapidamente o cliente final, porque não podemos esperar pela pesquisa de mercado para dizer o que essas necessidades. Promover a comunicação em canais que facilitem o cliente final expressar essas necessidades (sintomas) e incluir essa informação rapidamente no processo de inovação, particularmente aquelas que requerem inovação ultra-rápida.

A valorização das empresas

Antes da pandemia CO­VID-19, esperava-se um aumento de valorização das marcas mais valiosas de 9%.

A Kantar fez um inquérito que serviu de base a um ranking sobre as 100 marcas mais va­liosas do mundo.

A Amazon lidera a lista pelo segundo ano consecutivo, com um crescimento de 31,81% face a 2019. Seguem-se a Apple (+13,79%) e a Microsoft (29,9 7%)

A Apple tornou-se recentemente a empresa cotada em bolsa mais valiosa do mundo, com uma avaliação de 1.84 mil milhões de dólares.

Deslize as imagens para ver a listagem de algumas das marcas mais valiosas do mundo