O coronavírus devia ser um alerta para os governos repensarem como podem financiar a educação.

Esse investimento tem efeitos no presente e nos empregos do futuro.

A educação online pode facilitar a “reciclagem” e a qualificação dos trabalhadores, por menos dinheiro do que as escolas tradicionais.

Aulas online de informática, contabilidade, empreendedorismo, entre outros, vão ser prioritários nos próximos tempos.

O CEO da Udacity, plataformas com cursos online de programação, dados ciência, IA, entre outros refere. “Mil milhões de pessoas vão perder os seus empregos nos próximos 10 anos devido à IA, e a COVID acelerou isso em cerca de nove anos, ” diz Dalporto.

“Não dá para requalificar mil milhões de pessoas no sistema universitário”

“Temos um modelo onde despejamos grandes quantidades de capital em educação lenta, não específica para a carreira ”,

Dalporto diz. “Se apenas reaproveitamos 10% disso, podíamos treinar 3 milhões pessoas em cerca de seis meses. ”

O CEO Jeff Maggioncalda, da plataforma Coursera, refere “A ideia de obter conhecimento profissional primeiro, conseguir um emprego, e depois garantir o diploma universitário online enquanto está a trabalhar, para muitas pessoas será economicamente mais eficaz.”

A aprendizagem online pode oferecer opções de aperfeiçoamento relativamente baratas.

O governo podia fornecer um crédito fiscal por trabalhador qualificado para as empresas que fornecem reciclagem no conhecimento.

Podiam ser implementados pacotes de indemnização nas empresas que incluem “créditos” de reciclagem.

Ou um programa em que as empresas tenham um taxa que auxilie os trabalhadores demitidos em encontrar novos empregos.

Nem todos trabalhadores estão interessados no estudo da ciência de dados, computação em nuvem ou inteligência artificial.

Aqueles que encontrarem uma maneira de mudar de campos mortos para profissões em crescimento, é provável que os trabalhos sejam melhores.

As microempresas, que empregam até nove trabalhadores, são aquelas que mais pesam em número tanto na economia nacional como na europeia.

É também por isso que podemos aproveitar a agilidade de empresas mais enxutas, para ter uma força de trabalho de coabitação e cooperação entre a máquina e o ser humano.

empregos do futuro - aprendizagem

Muita da investigação mostra que os “empregos do futuro” aponta para as vantagens de misturar e integrar as várias áreas do saber.

No fundo, “combinar o pensamento das humanidades e das artes — o espírito crítico, a perspetiva histórica, a criatividade, a resolução de problemas, o funcionamento das sociedades — com a componente tecnológica.

O futuro do trabalho está a ser moldado por duas forças poderosas: a crescente adoção da inteligência artificial no local de trabalho e a expansão da força de trabalho para incluir talentos dentro e fora da organização.

A análise de Hugo Figueiredo, professor da Universidade de Aveiro e membro do Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior em Portugal, refere as “grandes vantagens dos mestrados” no contexto nacional, cada vez mais seguidos e que protegeram os salários dos jovens portugueses durante a crise, em comparação com aqueles com apenas a licenciatura.

No geral, “as vantagens do ensino superior continuam a ser muito grandes”

Para todos os alunos a refletir sobre o que estudar na universidade e como essa escolha se irá refletir no futuro, Figueiredo diz que “são sobretudo os percursos nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia, matemática — que parecem continuar a dar melhores salários, maior progressão de carreira, mais oportunidades”.

Perspectivas sobre os empregos do futuro.

As discussões sobre as perspectivas do trabalho na Europa são compreensivelmente obscurecidas pelo impacto da nova crise do coronavírus.

O crescimento da adoção da automação, a crescente concentração geográfica de empregos, a redução da oferta de trabalho e a mudança na combinação de setores e ocupações.

O emprego total nos 27 países da União Europeia, mais a Suíça e o Reino Unido aumentou quase 10% entre 2003 e 2018, para níveis recordes. Em todas as regiões, as pessoas mais qualificados tiveram o maior crescimento de empregos na última década, enquanto os trabalhadores de qualificação média tiveram menos oportunidades.

O emprego na Europa cresceu em setores intensivos em conhecimento, como telecomunicações, serviços financeiros, imobiliário e educação.

Que alterações podem acontecer no local de trabalho, a força de trabalho e a própria natureza do trabalho?

Veja também o artigo sobre Automação e os dados na nova economia partilhada.

O senso comum é que frequentar a universidade é um bom investimento.


O incentivo à educação universitária começa no ensino secundário (ensino médio)

Podemos questionar isso?

Um diploma universitário sempre vale a pena?

Nunca tanto como hoje a questão da formação ao longo da vida foi tão importante.

A necessidade de haver trabalhadores qualificados continua a crescer.

Obviamente, a segurança financeira é uma prioridade para a maioria de nós e a universidade é vista como a principal forma de encontrar essa estabilidade.

Sucesso financeiro, progressão na carreira e tornar-se altamente qualificado, são aspirações comuns.

Experiência é mais importante do que um diploma?

O impacto limitado sobre os salários iniciais, depende mais da experiência que a pessoa acumula, da rapidez e dos contatos que tem/faz?

Eu tenho a minha opinião (e dei aulas no ensino superior), mas pergunto…

A formação superior, a licenciatura de Bolonha é suficiente para a maioria das empresas?