Parafraseando o célebre escritor Pablo Neruda:

“Escrever é fácil. Começa com uma letra maiúscula, termina com um ponto final …e no meio escreve as ideias”

Eficiência das novas tecnologias

Encontrar ideias com densidade que sejam dignas de um parágrafo, representam também nos negócios o lado mais complexo, num cenário de recursos e ofertas limitadas em terreno competitivo e de inovação.

Apresentar ideias inovadoras, conjugar processos e implementar são pontos chave que hoje estão no fio da partilha de experiências no evento digital da Google for Work, designado Atmosphere, onde prestigiados profissionais de empresas como a Nest, SalesForce, Forrester, WeWork, entre outros,  mostram o seu conhecimento sobre tendências económicas, cultura empresarial e metodologias provadas que rentabilizaram os seus negócios.

Cada negócio tem a sua especificidade. Profissionais que se concentram em novos processos e inovação, procuram critérios comuns para classificar e selecionar ideias que podem optimizar atividades técnicas como a produção, distribuição ou gestão, de forma a rentabilizar o negócio.

Se ter ideias pode parecer ser a parte mais fácil do processo, particularmente quando as tecnologias que envolvem plataformas e ferramentas torna mais fácil o contributo das pessoas, filtrar e selecionar certas ideias, priorizar e limitar os recursos é mais complexo.

Como refere o autor W.Edwards Seming:

 “se não consegue descrever o que está a fazer como um processo, não sabe o que está fazer”

Primeiro orquestra o processo, e só depois começa a trabalhar as ideias, tal como a metáfora de Pablo Neruda: primeiro inicia o parágrafo e depois termina com o ponto final. No meio trabalha as ideias.

Processos são atividades repetitivas que, uma vez implementadas, trazem um ótimo resultado na eficiência e na eficácia no desenvolvimento de um produto ou na prestação dos serviços a que se propõem.

Exemplo: Implementar um CRM de Vendas para ter uma visão clara sobre o seu Fluxo de vendas.

O CRM ou (Customer Relationship Management) é um exemplo de inovação, como um sistema integrado de gestão com foco no cliente, que reúne vários processos/tarefas de uma forma organizada e integrada.

A estratégia de inovação, através da agregação de novos processos e padrões tecnológicos com o intuito de adquirir mais flexibilidade está intimamente ligada ao desejo de algo novo, que satisfaça uma necessidade pessoal ou empresarial.

Se a grande novidade é as tecnologias, as ideias das pessoas, sempre constituíram o cerne das empresas que devem aprimorar os seus procedimentos, rentabilizando o que as novas tecnologias lhes proporcionam, agora a nível global.

Vivemos a era digital, das ferramentas modernas, geralmente em plataforma web, que facilitam a comunicação entre as pessoas em tempo real e, portanto, a colaboração no trabalho.

Veja mais sobre ferramentas neste meu artigo* https://fredericocarvalho.pt/ferramentas-de-marketing-evolucao/

Exemplo: A optimização de conversão
Não vai aumentar a quantidade de testes a partir de uma lista de táticas e testá-las no seu site, se não fez ainda uma avaliação dos seus potenciais problemas. É preciso descobrir quais são os problemas com o site e depois pode pensar nas táticas.

Neste exemplo Sean McCormick, Senior Consultant, Forrester Research, e Co-Autor do estudo The Total Economic Impact of Google Apps for Work, partilha as vantagens económicas da inovação, refletidas em duas grandes tendências:

  1. Mobilidade: maior autonomia e integração social. Acontecimentos que tornam imateriais muitos dos nossos problemas físicos. Possibilidade de tornar atividades próximas e convenientes. Permitir a troca de mensagens e documentos à distância.
  2. Colaboração é Negócio: possibilidade de partilhar conhecimento com equipas na cloud, através de vídeo, áudio e texto. As novidades são as tecnologias simples, práticas e cada vez mais acessíveis que possibilitam processos de negócios, mais eficientes, e o envolvimento fácil das pessoas.

Modelos Mentais

Quantos de nós já sentimos, em algum momento, a necessidade de implementar novos processos e defrontámo-nos com muitas dificuldades porque as equipas têm métodos próprios.

No livro Cultural psychology: A perspective on psychological functioning and social reform, o autor, Carl Ratner, faz-nos refletir sobre o facto das pessoas terem valores que consolidam durante as fases da sua vida e que representam a absorção do meio em que vivem.

Estes valores, também denominados por modelos mentais, afetam a compreensão do indivíduo sobre as coisas que o cercam, fazendo com que as pessoas transformem os mesmos dados em diferentes informações.

A proteção destes modelos mentais geram um pré-conceito e impedem que essas pessoas reavaliem o seu modo de pensar, revelando menor tolerância no processamento de novas ideias.

Os novos conhecimentos adquiridos pelas pessoas não chegam a ser colocados em prática porque entram em conflito com imagens internas enraizadas sobre o meio que as cercam, limitando formas bem conhecidas de pensar e agir.

A propósito lembro a primeira vez que implementaram a “Time Sheet” uma solução desenvolvida para permitir o registo e gestão de horas online, com a parametrização do valor/hora, indicadores de produtividade por colaborador ou por área.

A grande tendência para muitas empresas, era, então, comunicar a seu novo objectivo de ser mais “data-driven”. Mas a verdade é que possuir dados não lhe diz muito senão souber agir sobre essa informação. E isto tanto se aplica em gestão de processos internos como em dados de análise das suas ferramentas web.

Se remetermos idêntica lógica para a ferramenta site, o Google Analytics é pouco senão souber interpretar esses dados – poderá obter melhores resultados.

Devido à complexidade dos ajustes tecnológicos e conflitos entre os envolvidos, há a necessidade de intensa participação e compromisso da direção da empresa, para garantir a comunicação entre todos.

É na fase de implementação que envolve o processo de adaptação dos processos de negócio ao sistema, formação dos utilizadores, eventuais configurações de software, que  implicam alteração nas tarefas e responsabilidades de indivíduos e departamentos.

Mas há também que cuidar dos chamados processos invisíveis como o design intuitivo. Para um utilizador que explora um site ou uma landing page, significa que ao visualizar, sabe exatamente o que fazer.

O design intuitivo é invisível. 

O design é intuitivo quando os utilizadores podem concentrar-se numa tarefa , direcionando a atenção das pessoas para aquelas que são importantes. No final, um design intuitivo centra-se na experiência.

Há seis anos, experienciei a gestão de marcas nas redes sociais. Era então uma novidade e o modelo de resposta para enquadrar a opinião das pessoas começava a ser pensada. Sempre que alguém criticava  um produto de uma determinada marca, publicava uma fotografia menos favorável , ou um  vídeo sobre algo menos positivo, estavam a ser testados os modelos de como agir! Para muitos, o senso comum era apagar as publicações, considerando que qualquer transtorno maior seria evitado.

Entretanto, começaram a aparecer casos de estudo e a surgir processos para responder à altura, com um plano de crise desenhado, abandonando a primeira iniciativa impulsiva de “apagar” os comentários, para procurar novas soluções.

Os processos permanecem os mesmos para todas as comunidades. Os melhores gestores da comunidade não são aqueles que tropeçam num conjunto de táticas bem-sucedidas e trabalham uma comunidade, mas os que dominam uma base de processos que podem ser aplicados a qualquer comunidade.

É provável que haja um componente cultural na percepção da inovação como uma barreira de difícil transposição pelas empresas, mas a realidade é que podem ser implementadas ideias de negócio voltadas ao entendimento e antecipação das necessidades potenciais de uma empresa.

Concentre a sua empresa num programa básico de acesso às novas tecnologias.

Procure as mais adequadas em publicações, revistas, jornais, congressos, workshops, entre outros. Avalie essas tecnologias como uma vantagem competitiva para aumentar os seus resultados de vendas ao lado das métricas de atividade, como número e valor dos negócios adicionados e número de atividades de vendas concluídas. E compare os resultados.

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