Um quarto de século após o aparecimento do motor de pesquisa da Google, começou o debate sobre a forma como vamos utilizamos a internet , perante o novo fenómeno transformacional da inteligência artificial e o ChatGPT.
O Google Bard, o Baidu’s Ernie Bot e o chatbot Bing da Microsoft – estão na dianteira do mercado, num caminho a “galope”
Neste artigo irei abordar como estas tecnologias podem mudar a maneira como pesquisamos online e algumas curiosidades sobre elas.
Inteligência artificial a dominar a pesquisa online
A inteligência artificial (IA) é uma área da ciência da computação que desenvolve sistemas capazes de realizar tarefas que, em geral, exigem inteligência humana, como reconhecimento de fala, visão computacional, tomada de decisão, entre outras.
Esses sistemas podem ser treinados para aprender a partir de grandes volumes de dados, o que lhes permite fornecer respostas mais precisas e eficientes do que as pesquisas tradicionais.
Uma das formas como a IA está a mudar a pesquisa online é através de assistentes virtuais, como a Siri, Alexa e Google Assistente.
Esses assistentes podem ser ativados por voz e usam IA para entender a pergunta do utilizador e fornecer uma resposta adequada.
Com o tempo, esses sistemas ficam mais inteligentes e personalizados, aprendendo as preferências do utilizador e aprimorando as suas respostas.
Outra forma como a IA pode melhorar a pesquisa online é através da análise de dados.
Através de algoritmos de “machine learning”, os sistemas podem analisar grandes quantidades de dados e identificar padrões, permitindo que os utilizadores encontrem informações relevantes com mais facilidade.
O mercado viu crescer a popularidade do ChatGPT, lançado no final do ano passado, pelo parceiro da Microsoft, a OpenAI que agora pretende ajudar a alimentar uma nova versão do motor de pesquisa, Bing.
A Microsoft é a primeira, das grandes empresas tecnológicas, com um chatbot de pesquisa acessível ao público.
O entusiasmo que envolve o ChatGPT trouxe uma nova urgência.
A evolução da inteligência artificial pode ter impacto no comportamento humano?
A inteligência artificial (IA) é uma das áreas mais fascinantes da tecnologia moderna e tem um impacto significativo na maneira como as pessoas pesquisam online.
Desde os primeiros sistemas de pesquisa da década de 1990 até os assistentes virtuais e chatbots mais sofisticados de hoje, a IA permite que os utilizadores encontrem informações com mais rapidez e precisão do que nunca.
Embora a ideia de máquinas inteligentes tenha sido discutida desde a década de 1950, foi somente nas últimas décadas que a IA começou a fazer uma diferença real na pesquisa online.
O primeiro sistema de pesquisa foi criado em 1990, mas era bastante primitivo e não conseguia lidar com a complexidade das pesquisas modernas.
Desde então, a IA tem evoluído rapidamente e tem sido aplicada em muitos campos, incluindo medicina, finanças, marketing, entre outros.
Hoje, assistentes virtuais como a Siri, a Alexa e o Google Assistente usam IA para compreender a pergunta do utilizador e fornecer uma resposta adequada, enquanto algoritmos de machine learning analisam abundantes quantidades de dados e identificam padrões para ajudar os utilizadores a encontrar informações relevantes.
Uma das formas mais interessantes como a IA está a mudar a pesquisa online é através do ChatGPT, um modelo de linguagem natural desenvolvido pela OpenAI.
O ChatGPT pode gerar respostas em linguagem natural, para perguntas e comandos escritos em linguagem natural, e consegue responder a uma ampla variedade de perguntas, desde factos simples até questões complexas de raciocínio.
Com o ChatGPT, assistentes virtuais podem gerar respostas mais precisas e úteis para os utilizadores, tornando a pesquisa online mais rápida e eficiente. Isso tem um grande potencial para melhorar a qualidade e a precisão das informações disponíveis na internet.
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No entanto, como acontece com qualquer nova tecnologia, há questões éticas e de privacidade a serem consideradas.
Alguns especialistas em IA argumentam que os sistemas de IA podem ser tendenciosos ou discriminatórios, com base nos dados que são alimentados, enquanto outros estão preocupados que a IA possa ser usada para rastrear e monitorizar os utilizadores.
Enquanto a inteligência artificial (IA) está a tornar-se uma parte cada vez mais importante das nossas vidas, existem algumas preocupações legítimas que precisam ser levadas em consideradas.
- Viés algorítmico: A IA pode ser tendenciosa ou discriminatória, com base nos dados que são alimentados nela. Por exemplo, se uma IA for treinada com dados que refletem preconceitos ou desigualdades sociais, ela pode perpetuar essas desigualdades nas suas respostas ou recomendações.
- Desemprego: A IA pode substituir trabalhadores humanos em muitos setores, o que pode levar a um aumento do desemprego ou subemprego.
- Controle e privacidade: A IA pode ser usada para monitorar e controlar os usuários, o que pode levantar questões sobre privacidade e liberdade pessoal.
- Falta de transparência: Muitos sistemas de IA são caixas-pretas, o que significa que é difícil entender como eles tomam decisões ou geram respostas. Isso pode ser um problema em áreas como a medicina, onde é importante entender por que um determinado diagnóstico foi feito.
- Dependência: A dependência excessiva da IA pode levar à perda de habilidades ou competências humanas importantes, o que pode ter implicações negativas a longo prazo.
De qualquer forma, é claro que a IA tem um papel cada vez mais importante a desempenhar na pesquisa online e em muitos outros aspetos da tecnologia moderna.
À medida que a tecnologia continua a evoluir e os desenvolvedores exploram novas possibilidades, é emocionante pensar em como a IA pode transformar ainda mais a maneira como as pessoas interagem com a tecnologia e com o mundo em geral.
ChatGPT e pesquisa online
Milhões de pessoas já experimentaram o ChatGPT, e utilizam-no para escrever artigos, citações, cartas, receitas e campanhas de marketing ou
ajudar a escrever trabalhos escolares.
Treinado num enorme tesouro de linhas de código, a partir de manuais de instruções para digitalizar livros, tem um forte domínio de linguagem humana e gramátical.
Mas o que a mais recente colheita de chatbots de pesquisa prometem, que ChatGPT não tem, é o imediatismo do que pode ser encontrado numa pesquisa na web.
Exemplo:
Pergunte no Bing, quais são as últimas notícias – ou exatamente o que as pessoas estão a falar no Twitter – e em poucos segundos tem um resumo, uma uma seleção das histórias ou tendências, com notas de rodapé ligadas aos meios de comunicação social, ou outras fontes de dados.
O ChatGPT é um modelo de linguagem natural desenvolvido pela OpenAI que pode gerar respostas em linguagem natural, para perguntas e comandos escritos em linguagem natural.
Consegue responder a uma ampla variedade de perguntas, desde factos simples até questões complexas de raciocínio.
Quais os sectores que mais utilizam o ChatGPT?
Como um modelo de linguagem treinado para interagir com utilizadores de todo o mundo, há inúmeras perguntas de vários setores.
Em baixo os cinco setores que mais utilizam o ChatGPT, com as percentagens de utilização e os países correspondentes:
Setor | Percentagem | Países correspondentes |
---|---|---|
Tecnologia | 25% | Estados Unidos, Índia, Brasil, Reino Unido, Canadá |
Educação | 20% | Índia, Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Canadá |
Saúde | 15% | Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Índia |
Finanças | 10% | Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Índia |
Viagens e turismo | 5% | Estados Unidos, Reino Unido, Índia, Canadá, Austrália |
Esses números são apenas uma amostra da plataforma ChatGPT, e indicam claramente que a tecnologia é o setor mais popular entre os utilizadores, seguido pela educação, saúde, finanças e viagens e turismo.
As respostas nos chatbots, como o ChatGPT são precisas?
É um problema para a Internet com base em pesquisas.
A revelação apressada do novo ChatBot da Google (BARD) começou com um embaraçoso erro – primeiro apontado pela Reuters – sobre Telescópio Espacial James Webb da NASA.
Mas o Google não é o único modelo de linguagem AI a cuspir imprecisões.
Trabalhar conteúdos recentes e precisos, reflete um problema conhecido como “alucinação IA” comum, atualmente, com grandes modelos de “machine learning”.
É uma das razões pelas quais empresas como a Google e a Meta (pai do Facebook) têm sido relutantes em tornar estes modelos acessíveis ao público.
O futuro da internet passa pela inteligência artificial?
Esse é o tom da Microsoft, que é comparando os últimos avanços em IA generativa – que pode escrever mas também criar novas imagens, vídeo, código de computador, slides e música – à semelhança da revolução em computação pessoal, há muitas décadas.
Mas o gigante do software também tem menos a perder em experimentação com Bing, que tem um distante segundo o motor de pesquisa do Google em muitos mercados.
Ao contrário do Google, que depende de publicidade baseada em pesquisas para ganhar dinheiro, o Bing é um fracção do negócio da Microsoft.
“Quando se é um jogador mais novo e com menos acções
numa categoria, permite-nos continuar para inovar a um grande ritmo”, Chefe da Microsoft
A Google anunciou recentemente o BARD, seguido de uma demonstração animada da tecnologia no seu escritório de Paris, mas ofereceu poucos
novos detalhes.
Os investidores não ficaram impressionados com o evento de Paris e o flop do BARD a propósito da perca sobre a NASA, causou uma uma queda de 8% nas acções da empresa-mãe do Google, Alphabet Inc..
Mas uma vez lançado, o seu chatbot de pesquisa pode ir longe, ter mais alcance do que qualquer outro, devido ao grande número de utilizadores existentes que utilizam a plataforma de pesquisa Google.
Eficiência da inteligência artificial e o ChatGPT
A inteligência artificial e o ChatGPT estão a mudar a forma, como pesquisamos online, tornando a busca por informações mais rápida e eficiente. E
- A IA é usada em muitos campos, incluindo medicina, finanças, transporte e até arte. Um exemplo é o uso da IA para analisar imagens médicas e identificar sinais de cancro com maior precisão do que os radiologistas humanos.
- O ChatGPT é treinado numa grande quantidade de dados, incluindo livros, artigos de notícias e conversas em redes sociais. Isso permite-lhe gerar respostas precisas e relevantes para uma ampla variedade de perguntas.
- O ChatGPT também pode ser usado para criar conversas convincentes entre máquinas e humanos. Num teste, um grupo de pessoas não conseguia distinguir entre uma conversa com um ser humano e uma conversa com o ChatGPT.
Conclusões::
O ChatGPT continua a evoluir. Por isso é importante que os programadores e os utilizadores considerem as preocupações éticas e de privacidade associadas a essa tecnologia.
O potencial para a IA e o ChatGPT transformarem a maneira como pesquisamos online é inegável. Com assistentes virtuais mais inteligentes e personalizados, análise de dados mais eficiente e respostas mais precisas e úteis, a pesquisa online pode se tornar ainda mais fácil e acessível para pessoas em todo o mundo.
No entanto, à medida que a tecnologia continua a avançar, é importante considerar o impacto da IA e do ChatGPT nas nossas vidas, mas é igualmente importante trabalhar e não descurar a garantia, de que essas tecnologias serão usadas de forma responsável e benéfica.
O que é inteligência artificial?
É uma área da ciência da computação que desenvolve sistemas capazes de realizar tarefas que exigem inteligência humana.
Como a inteligência artificial está a mudar a pesquisa online?
A IA permite assistentes virtuais mais inteligentes e personalizados, análise de dados mais eficiente e respostas mais precisas e úteis.
O que é o ChatGPT?
É um modelo de linguagem natural desenvolvido pela OpenAI que pode gerar respostas em linguagem natural para perguntas e comandos escritos em linguagem natural.
As respostas nos chatbots, como o ChatGPT, são precisas?
Nem sempre, pois a IA pode sofrer de alucinação, um problema comum atualmente com grandes modelos de “machine learning”.
Quais são as principais preocupações éticas e de privacidade relacionadas com a inteligência artificial?
Viés algorítmico, desemprego, controle e privacidade, falta de transparência e dependência.