O livro Marketing Digital para Empresas foi a minha primeira experiência de escrita para um livro. Foi escrito em conjunto com cinco profissionais que respeito e admiro – André Novais de Paula, Andre Zeferino, Marco Gouveia, Paulo Faustino e Virgínia Coutinho.
É um Livro direcionado a empresas que procuram uma estratégia de Marketing Digital eficaz para os seus negócios! Um Guia prático para aumentar a visibilidade e as vendas na internet.
Para apoiar outras pessoas que possivelmente possam vir a escrever um livro, lembrei-me de algumas interrogações que podem também ser as suas:
- Por onde começar…
- Que métodos devo ter…
- Como superar o medo, a procrastinação….
- Como evitar sentir-se sobrecarregado?
O que é preciso para escrever um livro?
Vou poupar-vos aos detalhes técnicos da relação comercial ou promocional, porque essa etapa é pós escrita da obra. Tudo começa com o próprio autor.
Primeiro é preciso pensar e decidir sobre o que vai escrever. As palavras começam a brotar….
No que me diz respeito fui desafiado pela Virgínia Coutinho, que já tinha idealizado a distribuição dos capítulos pelos vários autores, colocando um objectivo definido em relação à expectativa do resultado final.
O segundo fator importante para escrever um livro é manter-se motivado: Ao longo do percurso é possível que sinta alguma inércia, estímulos que podem distrair do foco principal e acima de tudo uma confrontação com hábitos que precisam de ser explicados para que as pessoas compreendam as ideias lógicas que só vivem na sua cabeça.
Diria até que planear com antecedência potenciais obstáculos, garantem segurança e firmeza do objetivo se e quando essas situações acontecerem.
No meu caso, eu sabia que precisava de conciliar com as minhas formações no Curso Intensivo de Marketing Digital, projectos de Consultoria, e muito especialmente a produção do CLICKSUMMIT e DIGITALKS PORTUGAL
Garanto que a gestão de tempo e agenda, foi um dos maiores desafios de todos os autores, já para não falar das muitas revisões individuais e acompanhamento de amigos e autores.
Fui afortunado porque a minha curva de aprendizagem foi mais rápida, pelo facto de ter pessoas com mais experiência como o André Zeferino, Virginia Coutinho e Paulo Faustino que já tinham as suas experiências em livro/ebook.
Por último, e sucintamente, digo-vos que é uma experiência muito enriquecedora: As pessoas querem saber quem és, não quem foste e no caso em particular do livro é pouco relevante se iniciou o projecto, mas sim a capacidade em completá-lo. Para o autor fica a sensação de algo próprio que já não dele! é de todos quanto queiram apropriar-se da obra!
Se manteve a atenção até este ponto, então posso partilhar algumas ideias adicionais para ajudar.
Tenha um objetivo em mente:
Qual é a pergunta que pretende responder no seu livro ou a grande ideia base?
O meu capítulo procura oferecer uma visão global sobre o desenvolvimento de Site e Landing Pages. Sempre com o objetivo de tornar a sua estratégia de marketing digital mais eficaz, otimizando a exposição da sua marca e as vendas que realiza através dos canais digitais.
Certamente que muitos autores, deixaram livros inacabados e falo por conhecimento próprio da minha família. Livros que podiam ajudar as pessoas, traziam beleza ou sabedoria para o mundo, mas nunca vieram a ser…o autor desistiu.
O processo de escrita é importante, mas não só pela arte, mas também por ser um produto digno que traz algo a partilhar com os outros.
Qualquer acréscimo ao conhecimento existente é um valor partilhável e no caso específico há pouca literacia no tema de Marketing através dos canais digitais e, embora haja autores muito relevantes no mercado sobre o tema – do percursor Filipe Carreira, do autor que mais livros publicou na área Vasco Marques, aos contributos do estimado Jorge Remondes, David Monteiro, João Neto, Carolina Afonso, Inês Amaral, Uriel Oliveira, Márcio Miranda, Daniel Pereira, Elsa Fernandes, Luciano Larrosa, Arnaud de Baynast, Jacques Lendrevie, Julien Lévy, Pedro Dionísio, Vicente Rodrigues, André Zeferino e tantos outros colegas que em obras coletivas ou individuais contribuíram para o conhecimento da população portuguesa – a verdade é que é ainda muito pouco.
Mantenha marcadores à mão:
Uma caneta ou um papel colados nas proximidades de livros que lê, para facilitar a pesquisa de temas ou assuntos que ficaram assinalados como relevantes. Se preferir use um bloco de notas, anote informações relevantes para aprimorar o conhecimento no tema da escrita.
Com o objectivo de gerar novas ideias, e ajudar a tomar decisões recomendo que tenha um método para consultar assuntos técnicos rapidamente.
Os dados mais estatísticos no meu capítulo, a título de exemplo, fazem parte desse processo de recolha de informação.
Estabeleça o seu espaço de escrita.
Se algumas pessoas podem escrever em locais movimentados como cafés, outros podem preferir livrarias ou num espaço isolado em casa. No meu caso, escrevi o livro, sempre no mesmo sítio no escritório em casa.
Não me recordo de ter algum hábito de horário, mas reservava os fins-de-semanas para concentrar-me a escrever.
Quebre o projeto em pequenos pedaços.
Escrever um livro parece um projeto colossal e é francamente trabalhoso.
Ter um esboço (ou estrutura básica) das áreas que gostaria de abordar é essencial.
Em resumo, organize as suas ideias e durante o livro, faça previsões do que o leitor irá encontrar em cada capítulo (explicando que mais à frente vai ler sobre X, Y, Z) para que o leitor preveja as novas ideias, informações privilegiadas, algo relevante que o deixará entusiasmado para continuar a ler.
Defina um cronograma de redação firme.
Há quem faça três sessões de duas horas cada, duas sessões de três horas ou seis sessões de uma hora, enfim cada um funciona como pode e gere os horários da forma que lhes for mais conveniente.
O que eu posso partilhar é que que não é produtivo escrever 10 ou 15 minutos e largar o trabalho. A nossa atenção deve estar concentrada para o propósito a que se destina. Eu recomendo um padrão regular (mesmos tempos, mesmo dia) que pode facilmente tornar-se um hábito.
Imensas foram as vezes que me ocorreu não dispor de tempo para escrever, que precisava de cumprir as minhas responsabilidades com clientes ou que iria a um próximo grande sucesso de Hollywood que me deixava mais entusiasmado…mas havia um prazo sagrado e uma cumplicidade com os meus colegas autores.
O prazo de conclusão resvalou? Sim!
Tivemos imprevistos, mas ter um prazo é uma motivação, cumpri-lo é sagrado.
Torne-se um autoeditor feroz.
Li dezenas de vezes o meu conteúdo, que foi aprimorado muitas mais.
Sem contar com a revisão editora, calculo que tenha sido lido por umas 8 pessoas diferentes, algumas das quais mais de uma vez.
MESMO ASSIM escaparam pequenos erros ortográficos, ou “gralhas” como é costume dizer-se, mas que me deixam super incomodado… mas enfim, vão ser revistos numa segunda edição.
Para tornar-se um editor feroz, recomendo:
- Omita palavras desnecessárias;
- Escolha a palavra simples para explicar uma ideia
- Evite redundâncias
- Evite adjetivos excessivos
- Encontre um mentor(a) com experiência em escrita para explicar as correcções ao seu texto para que possa aprender a não repetir os mesmos erros.
Lançamento do Livro
A preparação do lançamento do livro foi muito entusiasmante tanto em Lisboa como no Porto.
O André Novais de Paula preparou uma apresentação power-point, garrafas com rótulo personalizado, nome das pessoas, coffee-breaks, uma máquina.
O Lançamento foi no Ideia-Hub, graças aos esforços da Virgínia Coutinho.
O site www.marketingdigitalempresas.pt foi feito pela agência do Marco Gouveia e começamos as vendas online do livro.
Todos colaborámos, apoiámo-nos e celebrámos meses de dedicação, neste entusiasmante desafio.
O evento agregou cerca de 200 pessoas, um acontecimento muito bonito. Ao fim de 50 livros doía-me a mão de assinar (2 meses antes cai de mota, com uma rotura de ligamentos), mas escrevi alegre e contente por um momento tão especial.
Escreva!
Sem o primeiro livro, nunca vai aprender as lições que de outra forma perderia. Publique!
Falhe cedo (se necessário) e tente novamente, esta é a única maneira de melhorar.
Tem que praticar, o que significa que tem que continuar a escrever no blog, em artigos de opiniões, ou num novo livro.